O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, saiu em defesa do ex-ministro da Justiça e ex-juiz, Sergio Moro, e afirmou que ele não pode ser execrado. “Não podemos, a esta altura da vida judiciante, execrar o juiz Sergio Moro. Ele tem uma folha de serviços prestados ao país”, afirmou Mello.
A fala do ministro do STF se deu após o seu colega, Edson Fachin, anular, nesta segunda-feira (8), as condenações do ex-presidente Lula na Lava Jato e, simultaneamente, extinguir os processos que apontavam parcialidade do ex-juiz Moro.
A defesa do ex-presidente entrou com uma ação em que acusa o ex-juiz Sergio Moro de parcialidade quando julgava os processos da Operação Lava Jato. Porém, ao anular as condenações de Lula, Fachin também extinguiu os processos que questionavam a falta de imparcialidade de Moro nos julgamentos.
“Eu respeito o meu colega, havia uma tutela de urgência no pedido de habeas corpus e a sua análise é, de fato, uma atribuição do relator. Agora, precisamos ver qual será a posição da Procuradoria Geral da República (PGR). Cabe a ela recorrer”, disse Mello.
Logo após a decisão de Fachin, a Procuradoria Geral da República (PGR) informou que vai recorrer da decisão.
Fachin anula todos os processos da Lava Jato contra Lula; ex-presidente se torna elegível
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, decidiu nesta segunda-feira (8) anular todas as condenações contra o ex-presidente Lula promovidas pela Justiça Federal de Curitiba.
Fachin atendeu a um habeas corpus apresentado pela defesa do ex-presidente que dizia que alegava incompetência de Curitiba para o julgamento dos casos do Triplex do Guarujá, do Sítio de Atibaia e da Instituto Lula.
PGR vai recorrer da decisão de Fachin que anulou processos de Lula
Poucas horas após ser divulgada a decisão de Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou todas as condenações do ex-presidente Lula no âmbito da Lava Jato em Curitiba, a Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou que vai recorrer.
Augusto Aras, procurador-geral da República, já determinou à sua equipe que prepare um recurso contra a decisão do ministro do STF.
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