Estado investe para mapear piscicultura
Mapeamento permitirá o controle da piscicultura em todo o Estado, diz gerente da Seagri.
Por conta da importância do uso do solo para o planejamento territorial e tomada de decisão, tendo em vista que fornece informações de destaques tanto quantitativas quanto qualitativas, permitindo viabilizar o acompanhamento sobre a forma como o solo está sendo utilizado, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura (Seagri), prepara o diagnóstico e zoneamento da piscicultura em Rondônia. O georreferenciamento, conforme acentua o gerente de Aquicultura e Pesca da Seagri, Jander Plaça, propiciará condições para o controle da piscicultura em todo o Estado, por meio de um sistema integrado, viabilizando que a atividade tenha o acompanhamento técnico, baseado no planejamento necessário.
Segundo Plaça, o mapeamento deverá começar a ser feito pela região do Vale do Jamari, englobando os municípios de Ariquemes, Rio Crespo, Buritis, Alto Paraíso, Cujubim, Cacaulândia, Campo Novo e Monte Negro. O projeto prevê, em sua primeira fase, os trabalhos de análise, validação, sistematização e padronização de dados estatísticos gerados com base em informações fornecidas pela Seagri, Sedam, Idaron, Emater, Sebrae e Ministério da Pesca, órgãos envolvidos nas atividades em todo o Estado. “Os dados tabulares validados na primeira fase serão espacializados com o uso de ferramentas de geoprocessamento e armazenados em banco de dados espacial para gerenciamento, análises, estudos e tomadas de decisão”, menciona o gerente, acrescentando que o mapeamento da piscicultura no Estado é importante porque as informações do uso da terra têm grande impacto nos recursos naturais, incluindo água, solo, nutrientes, plantas e animais e se constituem em subsídios para desenvolver soluções para a gestão dos recursos naturais e para as políticas públicas de desenvolvimento. Na segunda fase do projeto será feito o mapeamento das unidades produtivas (tanques, represas, lagos naturais e artificiais) mediante a implementação de técnicas de sensoriamento remoto, com a utilização de ferramentas de segmentação e classificação orientada e de imagens de satélite de alta resolução espacial. “Neste processo deverá ser verificada a acurácia e a estabilidade das classificações para que seja determinado o nível de precisão na identificação dos alvos”, informa Jander Plaça, salientando que ao final será feita a integração dos dados da primeira e da segunda fases e a validação dos dados de classificação das unidades produtivas, com a verificação de amostras previamente estabelecidas por recursos estatísticos. “O mapeamento permitirá que a cadeia da piscicultura rondoniense seja acessada mais facilmente, destacando as regiões onde as unidades produtivas estão localizadas”, conclui Plaça, informando que o início dos trabalhos depende de pequenos detalhes junto à empresa que fará o mapeamento, que estão previstos para abertura de orçamento de 2018.
Com uma produção em cativeiro de 94 mil toneladas de peixes em 2017, Rondônia abastece praticamente metade dos Estados brasileiros. Nos últimos cincos anos, a produção saltou de 25 mil toneladas em 2012 para 94 mil toneladas em 2017, conforme dados fornecidos pela Gerência de Aquicultura e Pesca da Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri). De acordo com Jander Plaça, a Seagri tem acompanhado todo o processo de criação de peixes nativos em cativeiro, com inspeções sobre o cumprimento de regras específicas da legislação. “A meta é certificar o peixe nativo produzido em Rondônia com o Selo Verde”, informou o gerente, acrescentando que o tambaqui, o pirarucu, o pintado e a jatuarana são as espécies com maior volume de produção. Mais de quatro mil produtores são licenciados em Rondônia, o maior número dentre todos os Estados. O tambaqui totaliza 80% do volume de peixes nativos produzidos no Estado, seguido do pirarucu e do pintado.
Fonte:Diário da Amazônia