Entrevistas, análise e sem pressa: Athletico adota modelo próprio para definir novo treinador
Para encontrar o substituto de Tiago Nunes, o Athletico adotou um modelo inédito na busca pelo perfil ideal do treinador do time profissional. Ao invés de soluções mais imediatistas, o clube está realizando levantamentos completos de candidatos, faz entrevistas, não abre mão de critérios como teto salarial para, depois de tudo, submeter ao presidente Mario Celso Petraglia.
O último entrevistado foi Dorival Júnior, que esteve em Curitiba nesta segunda-feira. Sua ida ao clube não significa que “só falta assinar” como ocorre em outros clubes, mas que ele passou pelas primeiras etapas, onde sua característica encaixa com a metodologia do clube. O sistema do Athletico já funcionava para as categorias de base, mas agora está também no grupo principal
A fase de entrevista tem sido conduzida por Paulo André, diretor de futebol. Tudo que foi “apurado” por ele é repassado ao presidente Mario Celso Petraglia para o clube fazer a escolha de quem interessava. Um dos pontos principais: a questão financeira. O Athletico não abre mão do seu teto salarial e do orçamento para a próxima temporada. Até por isso, alguns nomes que agradaram acabaram perdendo força.
Estrangeiros se tornaram complicados
Dorival Júnior é o nome da vez no Athletico. Ele esteve em Curitiba, mas ainda não significa que está tudo certo — Foto: André Durão/GloboEsporte.com
Na Argentina, o clube fez contato com nomes como Sebastian Beccacece, (valor alto) Ariel Holan e Gustavo Quinteros. Contratar um estrangeiro se tornou complicado. A maioria recebe em dólar e quer trazer uma comissão técnica grande.
Por isso, Rogério Ceni se tornou prioridade. O treinador recebeu uma proposta do Athletico, mas preferiu ficar no Fortaleza. Segundo informações apuradas pela reportagem, Ceni tem mais liberdade no comando técnico e também influencia diretamente as decisões do futebol com a diretoria do Leão.
O clube voltou a procurar no mercado internacional. Foi atrás de Domenec Torrent, mas se assustou com os valores. O espanhol, que por muitos anos foi auxiliar de Pep Guardiola, além de ter um salário alto, tem uma comissão técnica que envolve cinco pessoas.
Miguel Ángel Ramírez foi o último estrangeiro tentado pelo Athletico — Foto: Divulgação/Del Valle
Logo depois procurou Miguel Angel Ramírez, técnico do Independiente Del Valle, campeão da Sul-Americana. Porém, o treinador voltou para o Equador, teve um aumento salarial e optou por ficar no IDV.
Nesta segunda-feira, Dorival Junior veio a Curitiba. Já tinha sido contactado e foi chamado para uma conversa. Sete vezes campeão estadual, campeão da Copa do Brasil, o treinador de 57 anos, é um nome que desperta interesse do Athletico já há alguns anos.
O clube alega não ter pressa para contratar o treinador para a próxima temporada. O Athletico é tradicionalmente conhecido por fazer um planejamento de contratações, objetivos e orçamento sem a influência direta de quem comanda a equipe. Mas o clube quer sim ter seu novo comandante até dia 6 de janeiro, data da reapresentação do grupo.
Sobre reforços, a prioridade é encontrar substitutos para Marco Ruben e Marcelo Cirino. Ou seja, dois atacantes.
*Contratações: pelo menos um ano e meio quem comanda diretamente as contratações no clube, é o atual diretor de futebol, Paulo André. Nomes como: Marco Ruben, Rony, Wellington, Adriano, entre outros, foram captados pelo dirigente – claro com o aval do presidente Mario Celso Petraglia.
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