Entenda o porquê de os senadores ‘esquecerem’ Aécio
Senador mineiro é apontado como peça central para manter o apoio do PSDB ao governo Michel Temer.
Além de não apreciar o mérito da denúncia contra Aécio Neves (PSDB), o Senado Federal parece estar sofrendo uma amnésia oportuna sobre os diálogos do senador mineiro com o empresário Joesley Batista (JBS), preso na operação Lava Jato. A informação é destacada pela colunista Raquel Landim, da Folha de São Paulo, que relembrou a conversa entre ambos ocorrida no último dia 24 de março, em uma suíte do Hotel Unique, em São Paulo.
Em suma, o senador e ex-candidato à presidente da República pede dinheiro ao empresário. Em troca, Joesley pede influência numa grande empresa na órbita do governo. “Difícil um exemplo mais bem acabado de corrupção e compadrio”, diz a colunista. Nos dias seguintes, o primo de Aécio Neves recebe uma mala com R$ 500 mil das mãos de um funcionário da JBS, toda a ação devidamente filmada pela Polícia Federal.
Os senadores, com o objetivo de “salvar” o colega Aécio Neves das medidas cautelares impostas pelo STF, alegam defender a independência entre os poderes. “Mas não resta dúvida de que eles estão defendendo é a própria pele”, analisa Landim.
O senador mineiro é apontado como peça central para manter o apoio do PSDB ao governo Michel Temer. Logo, a permanência de Temer no poder seria fundamental para garantir a impunidade ou no mínimo atrasar os processos contra boa parte dos políticos investigados na Lava Jato. “Entre esses políticos, estão vários dos nobres senadores”, conclui Landim.
Fonte: noticias ao minuto