Em meio a caos político e de finanças, Cruzeiro fica travado para planejamento de 2020
Os problemas extracampo continuam afetando o Cruzeiro uma semana depois de ter concretizado o inédito rebaixamento para a Série B do Brasileiro. O acirramento das turbulências políticas dentro do clube, sem a certeza de quem estará na direção, e a situação financeira preocupante – acúmulo de R$ 700 milhões em dívidas e dois meses de salários em atraso – travaram o planejamento da Raposa já pensando no plano de reconstrução, que deverá ser implementado em 2020.
Sete dias depois da queda à segunda divisão, a única certeza dada pela diretoria do clube é que Adilson Batista continuará no comando. Mas, nada além disso foi oficializado e definido pelo Cruzeiro, que foi forçado a modificar bastante o seu grupo para o próximo ano, mesmo tendo contrato com boa parte do elenco que foi rebaixado.
Em meio a isso, ainda houve mudança na direção do futebol nesta semana. Zezé Perrella foi desligado do cargo de gestor de futebol e, em seu lugar, o conselheiro Márcio Rodrigues foi nomeado como vice-presidente executivo de futebol. Mas outras mudanças estão por vir na estrutura administrativa do futebol do clube, muito por causa da necessidade de enxugamento dos custos.
Adilson Batista estará em Belo Horizonte para realizar — Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro
No time, sabe-se que Pedro Rocha e Ezequiel não irão permanecer. Os dois estavam emprestados. A situação que mais preocupa, neste momento, é Orejuela. O colombiano tem ofertas de outros clubes brasileiros, e o Cruzeiro corre contra o tempo para exercer a preferência de compra. O problema é que a Raposa não tem dinheiro, neste momento.
Falta definir a situação dos demais atletas, principalmente aqueles que geram grandes custos mensais aos cofres. O Cruzeiro vai partir ao mercado em busca de trocas e composições, para trazer jogadores mais baratos e buscar rescisões com jogadores mais caros.
Nesta segunda-feira, Adilson voltará a Belo Horizonte para continuar a planejar o time, mesmo com os problemas extracampo. A questão dos atletas que voltam de empréstimo também será reavaliada. Mas, Patrick Brey e Renato Kayzer, por exemplo, já tiveram sinalização de que não serão aproveitados.
Adilson terá o desafio de formar um novo grupo, bem mais barato, e de dar um DNA a ele em um ano de reconstrução, mas muito importante na história do Cruzeiro: o anterior ao do centenário. Voltar à elite nacional será o principal presente para a torcida cruzeirense.
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