Em 17 partidos, “eram todos aldrabões e vigaristas? Não”
Quando o tema em ‘cima da mesa’ é a abstenção, Rui Rio defende que a ‘culpas’ não são da Direita; o problema está, isso sim, no “sistema como um todo”.
Rio rumou ao Algarve este sábado para a Convenção Nacional do Conselho Estratégico social-democrata e, à margem do evento político, em declarações aos jornalistas, defendeu que não é apenas o “PSD que tem de ser revitalizado, o CDS também”. Além disso, “quando o PS deixar o poder e os outros partidos mais à Esquerda deixarem de ter influência no poder, os portugueses verão que a crise é transversal”.
O líder social-democrata mostrou-se preocupado com o nível da abstenção das eleições europeias, que no passado domingo se cifrou nos 68,6%.
Defende Rio que já há vários anos que tem apelado à necessidade de “reformas profundas no regime, com colaboração de todo o sistema partidário“. Mas “enquanto os partidos olharem para o seu umbigo” e olharem “para pessoas como eu como um ET, tenho de continuar a dizer a mesma coisa. Ou o país se compenetra para fazer reformas no sistema político, na justiça e no Estado ou o descrédito vai aumentar. Perceber isso é o primeiro passo para resolver as coisas”.
Atirou ainda Rio que, na última eleição europeia, “havia 17 partidos a concorrer com 21 candidatos e suplentes. Eram mais de 400 pessoas, nenhuma servia? Eram todos aldrabões e vigaristas? Não, antes fosse esse o problema que era mais fácil de resolver. Mas este é um problema de fundo, estrutural e que tem que ver com o desgaste que o sistema político foi sofrendo”.
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