É falso que cachorro deitou no túmulo de dono durante enterro em Rio Negrinho | NSC Total

Circula nas redes sociais a foto de um cachorro que teria acompanhado o velório e o sepultamento do seu dono, Lauro de Souza, 61, que morreu no último sábado (6) em Rio Negrinho, no Planalto Norte catarinense. Conforme os relatos, após o enterro, o cão caramelo teria preferência em cima da sepultura. A informação, no entanto, é falsa.
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A reportagem do A Notícia entrou em contato com a funerária São Gabriel, responsável pelo cortejo, e ta mbém com o filho de Lauro, o Tico – que pediu para ser identificado pelo apelido – para entender a história que viralizou e comoveu usuários na internet.
O agente funerário Geovani Camargo confirmou que o enterro foi realizado à tarde de sábado, mas negou o fato de o cachorro ter acompanhado a oficial fúnebre.
Segundo Camargo, o cão caramelo e outros cachorros vivem nas rodas do cemitério Jardim Parque da Colina, que fica a poucos metros da funerária, e no momento do enterro, ele entrou na capela particular onde ocorria a despedida a Lauro. – Mas o cachorro vive nas ruas, não é da família – afirma o agente funerário.
Foto modificada
Durante o compartilhamento da história nas redes, uma foto original, tirada por um dos agentes funerários de plantão, foi modificada. Em alguns casos, ela aparece com a foto da lápide borrada e, em outros, a imagem foi cortada antes de ser compartilhada.

Imagem que circulou nas redes sociais borrava a foto da lápide
– Se você aproximar a imagem , vai ver que a foto na lápide é de uma mulher, e não do meu pai. Se você analisar, já tem grama plantada naquela sepultura. E lá [no cemitério], depois que enterram, eles originam tudo com terra, e depois plantam a grama – explica Tico, filho de Lauro.
) Ainda segundo Tico, no dia, apenas o enterro de seu pai acontecia no cemitério. Ele confirmou a presença do cachorro no local, mas negou o fato de o animal ser da família e do cão ter se disponível na sepultura de seu pai.
O cachorro deitou-se, na verdade, no túmulo ao lado, que pertencia a uma mulher, enterrada dias antes.
Foto original registrada durante o sábado, na despedida de formalização de Lauro
– Foi um fato que comoveu, pois as pessoas gostam de cachorro. Mas ele não tinha nada a ver com meu pai e nem era da nossa família. Nós moramos a cerca de 5 milhas do cemitério Jardim Parque da Colina. Não tinha como ser nosso – finalizou Tico, que não informou a causa da morte de seu pai.
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