Doenças sexualmente transmissíveis: silenciosas, mas até fatais
Muitas vezes silenciosas, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) podem ficar meses e até anos sem apresentarem sinais e sintomas. Se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações para a saúde das pessoas, como infertilidade, câncer, ou até mesmo a morte. As camisinhas masculina e feminina ainda são o meio mais simples e prático de se proteger do HIV, gonorreia e da sífilis, por exemplo. Até porque, basta uma relação desprotegida para que a pessoa seja infectada.
Algumas dessas doenças silenciosas podem apresentar sintomas apenas em um estágio mais avançado da infecção, o que dificulta o tratamento e traz maior sofrimento para a pessoa acometida pela doença. Um exemplo de infecção silenciosa é a clamídia. Cerca de 90% das mulheres e 74% dos homens que têm a doença não sentem nada, nenhum sintoma, logo, não sabem que estão infectados. Sem saberem, a chance de transmissão do vírus para os parceiros com sexo sem proteção é muito maior. É dessa forma que o risco de transmissão dessas doenças aumenta significativamente
A decisão sobre usar ou não o preservativo afeta questões diversas da vida individual e de outras pessoas. Além disso, a decisão também pode ser afetada por valores pessoais, culturais, familiares. O contexto no qual uma pessoa jovem decide sobre o início da sua vida sexual também tem a ver com a sua compreensão sobre saúde sexual. Por isso a informação é tão importante na conscientização das pessoas sobre o prevenir. Somente a prevenção pode impedir que outras pessoas venham a se contaminar. A falta de diagnóstico, inclusive, impede a realização de estimativas seguras sobre o número de infectados no Brasil e no mundo.
Hoje, no Sistema Único de Saúde (SUS), outros recursos de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis estão disponíveis, além da tão importante camisinha. Trata-se da testagem. A maioria dos testes são, inclusive, feitos de forma instantânea, em menos de 30 minutos. Atualmente existem testes rápidos para HIV/Aids (no caso de positivo, o exame é refeito com outro tipo de teste); sífilis e hepatites virais. Além disso, as pessoas infectadas por essas doenças têm direito à tratamento gratuito pelo SUS, com uso dos medicamentos mais modernos existentes no mercado mundial. O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções.
Para as pessoas que tiveram relação sexual sem proteção, é preciso procurar um profissional de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado, com o uso de antibióticos específicos. Se não for possível nos primeiros dias após a relação, é importante ir assim que possível porque quanto antes iniciar o tratamento, mais rápida será a cura. Lembre-se: as IST’s não desaparecem sozinhas.
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