Diretores de arte de ‘Frozen 2’ contam como filme trocou reino glacial por floresta encantada
O branco era o desafio para a equipe dos Estúdios Disney de Animação quando as primeiras conversas sobre “Frozen – Uma Aventura Congelante” começaram a surgir há seis anos. “Vai ser um mundo todo branco, o que vamos fazer?”, lembra Lisa Keene, co-diretora de arte da franquia.
No fim, eles trabalharam a ideia e criaram o reino de Arendelle cheio de neve como milhões de pessoas viram nos cinemas.
Já “Frozen 2”, continuação em cartaz nos cinemas, tem proposta visual diferente. Boa parte da história se passa em uma floresta encantada no outono, então há muitas cores nas folhas, nas flores, nas árvores.
Na comparação entre criar ambientes cobertos de neve ou equilibrar toda a informação e cores de uma floresta, Lisa e o diretor de arte Mike Giaimo não hesitam.
“Foi muito mais difícil criar a floresta, porque a gente passou a ter mais elementos para trabalhar”, explica Giaimo.
Em conversas com o G1 em Los Angeles, as equipes de desenvolvimento visual, figurino, roteiro e direção de arte falaram que tiveram que se readequar para ver como apresentariam esse novo universo.
Realidade virtual e novos recursos
Os diretores também comentaram a reação em ver tudo que produziram em tamanho real. “Quando você entra nesse mundo virtual, você vê coisas que nunca tinha pensado que estariam lá”, afirma o diretor.
“Nós estamos familiarizados com o universo de ‘Frozen 2’, mas vimos que nem tanto. No fim, aprendemos muito sobre como todos os pedaços se encaixam.”
Olaf em cena de “Frozen 2” — Foto: Divulgação/Disney
Lisa afirma que a tecnologia também ajuda a enquadrar melhor a câmera. Outro recurso que ajudou na produção do filme e foi celebrado pela equipe de design foi a possibilidade de deixar folhas de uma mesma árvore com cores diferentes.
“Nós tínhamos pedido isso há algum tempo, mas tínhamos certeza de que nunca ia rolar”, conta Lisa. “Mesmo que com uma ferramenta de design, isso nos deu um pouco mais de senso de realismo para o filme”.
Bem mais complexo
As cenas abertas da floresta, as sequências de Elsa no mar e a criação de personagens como o cavalo de água (Nokk) e o vento (Gale) mostram como o investimento na sequência foi alto.
Giaimo comenta o nível da cenas comparando os dois filmes: “Em ‘Frozen – Uma Aventura Congelante’ tínhamos algumas sequências que podemos considerar moderadas em termos de complexidade, mas não temos nenhuma assim em ‘Frozen 2’.”
Estreia com bons resultados
Quase dois meses depois de estrear nos Estados Unidos, o filme chegou ao Brasil na semana passada e já foi visto por mais de 2 milhões de pessoas.
Diretores e produtor de ‘Frozen 2’ dizem que sentiram saudade dos personagens
“Frozen 2” superou a sua própria marca de animação mais vista da história nesta segunda-feira (5) ao somar US$ 1,3 bilhões. A marca do primeiro filme era de US$ 1,27 bilhões e foi atingida em 2014, meses depois do lançamento.
O remake de “Rei Leão” até chegou a faturar mais, cerca de US$ 1,6 bilhões, mas a Disney considera o longa de Simba um live-action e não um animação, apesar do filme ter sido feito inteiramente por computadores.