Confronto entre professores e policias deixa oito mortos em protesto no México
Protesto contra reforma na educação do país foi marcado por confrontos violentos no Estado de Oaxaca, no sul do México
Confrontos entre membros de um sindicato de professores e policiais durante uma manifestação deixaram oito pessoas mortas e dezenas de feridas no México neste domingo (19), em que a polícia disse ter sido atacada por indivíduos armados que dispararam contra os agentes e atiraram coquetéis molotov.
A violência irrompeu quando o batalhão de choque agiu para desobstruir uma rodovia em Oaxaca, Estado do sul mexicano, que estava bloqueada por manifestantes. Imagens de televisão mostraram cenas caóticas de homens fugindo da polícia ao som de tiros.
Foi o pior incidente de uma série de protestos que vêm transcorrendo nos últimos meses contra reformas na educação que o governo adotou três anos atrás.
Enrique Galindo, diretor da Polícia Federal do México, disse que indivíduos mascarados que não são filiados ao sindicato estão por trás da maior parte dos episódios violentos, durante os quais atiraram coquetéis molotov e dispararam em policiais e civis.
“Este tipo de protesto radicalizado gera violência”, afirmou ele em uma coletiva de imprensa na cidade de Oaxaca, a capital estadual.
O governador de Oaxaca, Gabino Cué, informou o saldo de vítimas e disse que a maior parte dos mortos eram jovens e que só dois tinham “elos com o sindicato”.
A manifestação de domingo, ocorrida próxima à cidade de Nochixtlan, cerca de 50 quilômetros a noroeste da cidade de Oaxaca, foi a mais recente de várias realziadas nos últimos dias que testemunharam manifestantes interrompendo o tráfego de outras rodovias com pneus em chamas.
Mais cedo no domingo, a polícia escoltou 120 caminhões-tanque que levavam resíduos químicos da refinaria próxima de Salina Cruz, cuja proprietária e operadora é a petroleira estatal mexicana Pemex.
Na sexta-feira (17), a Pemex alertou que pode ser obrigada a interromper suas operações na refinaria “em alguns dias” se o bloqueio continuar.
Fonte: IG