A decisão da Volkswagen de suspender temporariamente a produção no Brasil, anunciada nesta sexta-feira (19), respinga em parte da indústria de Santa Catarina. Empresas do ramo metalúrgico instaladas no Estado fornecem peças para a montadora, lembra Hugo Ferreira, presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria Automotiva da Federação das Indústrias (Fiesc).
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É difícil, segundo Ferreira, mensurar o impacto financeiro da decisão da montadora, mas ele deve ser mínimo. Isso porque a paralisação prevista é curta, de 12 dias. Ainda assim, fornecedores precisarão ficar atentos e alinhar a produção, diz o dirigente:
— É um ajuste que precisará ser feito nas previsões (dos fornecedores), porque esses dias representam metade de um mês de um cliente importante — pondera Ferreira.
Entre os produtos comprados pela Volkswagen da cadeia de autopeças de Santa Catarina estão componentes de motor e peças fundidas para usinagem, diz o dirigente. A lista de fornecedores inclui empresas como a Zen, de Brusque, e a Metalúrgica Riosulense, de Rio do Sul.
Segundo a Volkswagen, a suspensão se deve ao agravamento da pandemia e ao aumento da taxa de ocupação dos leitos de UTI nos estados brasileiros. As atividades de produção nas fábricas de São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP), São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (PR) ficarão paralisadas a partir da próxima quarta-feira (24) até o dia 4 de abril.
Nas fábricas, acrescentou a montadora, só atividades essenciais serão mantidas. Os empregados da área administrativa atuarão de forma remota. A medida, segundo a Volkswagen, foi tomada para preservar a saúde de funcionários e familiares e em conjunto com os sindicatos locais.
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