Comissão de Educação retoma debate do ensino da língua espanhola
Representante da Seduc informou que estudo do espanhol não é obrigatório nas escolas…
A Comissão de Educação e Cultura (CEC) presidida pelo deputado Anderson do Singeperon (PV), em reunião na manhã desta quarta-feira (14) recebeu representantes da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e da Associação de Professores da Língua Espanhola, para debater a questão da obrigatoriedade do idioma nas escolas públicas e não a extinção.
O deputado Anderson informou que irá apresentar indicação ao governo do Estado, para que o ensino se torne obrigatório. Em contraponto, o deputado Adelino Follador (DEM) destacou que é necessário primeiro ouvir as partes e depois ajustar a indicação ao governo e ser assinada pela Comissão, “a fim de ter maior peso perante o Executivo”, ressaltou Follador.
A diretora geral de educação da Seduc, Angélica Ayres, disse que a Seduc já participou do debate realizado pela Comissão de Educação e que, após aquele encontro foi realizado levantamento na Seduc sobre o quadro funcional atual de professores da língua espanhola.
Segundo Angélica, no levantamento do RH da Seduc existem 102 professores habilitados na rede, 54 não habilitados que atuam na área e ainda assim haveria a necessidade 8 professores. “Este quadro é de hoje, sem a obrigatoriedade do ensino na escola, sendo a disciplina opcional ao aluno”, destacou.
Em um estudo rápido, frisou a diretora de ensino, “se for implantada uma aula semanal seriam necessários 354 professores”. Para ela, esta situação enseja muito cuidado e critério.
O papel da secretaria, segundo Angélica, seria o de fomentar o ensino do espanhol, especialmente nas escolas de fronteira. Para ela, a situação deve permanecer como está com matrícula optativa na disciplina. “Não há por parte do Estado o desejo de mudar neste momento a situação atual, pois envolveria muitos custos”.
Como proposta disse que este ano será mantido como está a situação e neste tempo ir realizando estudos. “Até porque a lei federal é clara. A segunda língua é o inglês e a outra é optativa por parte do aluno. Mas o que garantimos é que jamais passou a ideia de se acabar com o ensino do espanhol nas escolas”.
A professora e presidente da Apero, Alemmar Fonseca, disse que o mesmo professor poderia dar aula em mais de uma escola, tendo em vista que a obrigatoriedade é de uma aula semanal. Hoje as escolas não oferecem o espanhol.
Segundo ele, o espanhol somente é ofertado em turno anterior as aulas ou após as aulas. “Praticamente o professor de espanhol se vê obrigado a ministrar outras disciplinas, pois os alunos não querem chegar mais cedo ou ficar na escola, após todos já terem saído para poder aprender a língua”.
Para a professora, o aluno é excluído da possibilidade de aprendizado, “tendo em vista a grande quantidade de alunos que buscam escolas bolivianas para a sua formação superior e que deveriam ter o ensino do espanhol”.
Ao final dos debates foi encaminhada a proposta de se manter a questão e a realizar novos estudos do ensino da língua e a garantia da Seduc, de que não haverá a extinção do espanhol como optativa.
Participaram da reunião o deputado Ribamar Araújo (PR), a assessora técnica do CEE, Maria Inês Coelho; o presidente da Câmara de Educação, Agenor Fernandes de Souza; a assessora técnica pedagógica Angelina dos Santos Lima e a professora da Unir, Luciana Machado Silva Prates.
Fonte:Decom