Combinar cirurgias plásticas: quando é recomendado?
A decisão de fazer uma cirurgia plástica deve ser muito bem pensada e planejada, principalmente quando se quer combinar cirurgias, ou seja, fazer mais de um procedimento na mesma operação. Segundo o cirurgião plástico, Dr. Rafael Werneck, a pratica é comum, mas exige cautela e muita ética por parte do cirurgião que deve saber e informar ao paciente os limites da busca pelo melhor contorno corporal.
O Conselho Federal de Medicina determina como resolução de segurança que não se ultrapasse mais que 40% de extensão corporal no mesmo procedimento cirúrgico. Procedimentos com longa duração ou que fazem intervenções em uma área muito extensa do corpo, podem colocar em risco a saúde do paciente, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
“Isso não significa um veto às cirurgias combinadas, mas para que sejam de fato recomendadas, as cirurgias devem ser similares e ter o mesmo objetivo. A vantagem deste tipo de procedimento é diminuir custos da operação e internação e otimizar o período de recuperação do paciente”, afirma o cirurgião.
De acordo com Werneck, um exemplo disso é a combinação entre a lipoaspiração e a abdominoplastia, implante de prótese de silicone nas mamas ou redução mamária, já que recebem orientações muito parecidas para o pós-operatório. Já a combinação de implante de prótese na região dos glúteos e cirurgias na parte frontal do corpo, como mamas ou abdome, não é aconselhada, uma vez que o paciente não pode deitar ou apoiar sobre o local operado.
“É preciso levar em consideração também o tempo da cirurgia e do efeito da anestesia , por isso o ideal é que seja de até quatro horas. E é claro que quanto mais incisões e mais tempo de cirurgia, mais sangue se perde no procedimento e maior será o tempo de recuperação. Sendo assim, manter a qualidade do trabalho e a segurança do paciente são quesitos primordiais no planejamento deste tipo de procedimento cirúrgico”, conclui o cirurgião plástico.
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