Com chances remotas de Libertadores, Bahia muda chave e quer garantir Sul-Americana
O título do Flamengo na Libertadores era o combustível necessário para incendiar o ânimo dos jogadores do Bahia, que viram se abrir mais uma vaga para o torneio continental do próximo ano, com o G-7 se transformando em G-8. Só que a empolgação não se refletiu em campo, e a equipe foi derrotada pelo Goiás por 4 a 3, caindo para a 10ª posição, ultrapassado pelo próprio Esmeraldino.
O oitavo jogo consecutivo sem vencer era o que faltava para que o clube virasse a chave: é hora de garantir vaga na Sul-Americana. A chave para entender a mudança de foco está na entrevista concedida pelo presidente Guilherme Bellintani à Rádio Metrópole após o confronto.
“Apenas a briga acabou antes do que a gente imaginava. O que importa agora é entender o motivo de o time cair tanto. É terminar o campeonato em bom estilo, honrando a camisa do clube e aprender com os erros”, disse Bellintani.
Matematicamente, o Bahia ainda tem chances de classificação, mas elas são remotas. De acordo com o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, o Tricolor tem apenas 2,7% de chances, menos que Vasco da Gama (4,1%) e Goiás (12,9%).
Em um cenário hipotético em que vencesse todos os quatro duelos até o final da competição, o Bahia alcançaria os 56 pontos, chegando a 98,6% de chances de Libertadores.
É muito mais razoável trabalhar para assegurar a vaga na Sul-Americana, já que o Bahia tem 94,6% de chances de alcançar tal objetivo. O Tricolor hoje soma 44 pontos e ocupa a 10ª posição, seis pontos atrás do Corinthians (8º colocado) e cinco a mais que o Botafogo (14º) – se o campeonato terminasse hoje, o Alvinegro carioca seria o último a garantir vaga para a Sul-Americana.
Há quem defenda, dentro do elenco, o discurso de “brigar até o fim” pela Libertadores. É o caso do atacante Gilberto, que voltou a balançar as redes no último fim de semana, após um período de 11 jogos de “seca”. No desembarque da delegação em Salvador, ele afirmou que o grupo não pode desistir.
– A gente tem que brigar até o final. Não podemos desistir. Nunca desisti do que eu queria, e não vai ser agora que eu vou desistir de algo que o clube quer – afirmou.
O discurso do técnico Roger Machado, entretanto, está mais alinhado ao da diretoria tricolor. E ele já fala em planejar a próxima temporada do clube.
– Ainda podemos fazer a melhor campanha da história do clube, finalizar o ano em paz, na primeira parte na tabela, que é muito importante, e planejar o próximo ano. Eu e Diego [Cerri, diretor de futebol do Bahia] conversamos bastante. Importante a gente almejar e continuar fazendo boas campanhas – avaliou.
O Bahia volta a campo nesta quarta-feira para enfrentar o Atlético-MG, em partida marcada para 21h (horário de Brasília), na Arena Fonte Nova.
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