Centro de Medicina Tropical de Rondônia reduz em 83,3% custos com segregação de resíduos infectantes
Gestores aprendem a reduzir custos com segregação de resíduos infectantes.
O Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron) conseguiu economizar R$ 11,6 milhões em cinco anos (2011-2016), reduzindo em 83,3% os custos com a correta segregação de resíduos sólidos infectantes, o lixo hospitalar.
Caso não houvesse gerenciamento de resíduos, o governo estadual desembolsaria R$ 13,9 milhões, tomando-se em média a produção de 5,5 quilos por leito, que aumentaram de 76 para 99 nesse período.
O lixo baixou para 0,93 Kg/leito/dia em 2016. Em 2010 produziu-se 151,8 mil Kg; em 2016 o volume total caiu para 33,3 mil.
“A queda é acentuada, mesmo com o aumento de 30,2% no número de leitos ao longo de seis anos”, considerou hoje (24) a coordenadora do Núcleo de Gestão Ambiental do Cemetron, Márcia Abrantes Alves.
Para a gestora ambiental, essa realidade já desperta autoridades governamentais e da saúde pública, “até mesmo a classe política”, para a chamada sustentabilidade ambiental hospitalar. “São medidas preventivas em saúde”, ela avaliou.
Segundo Márcia Abrantes, em 2010, quando não havia gerenciamento de resíduos, o total anual de resíduos infectantes gerados foi de 151,8 mil kg, custando aos cofres públicos R$ 1,06 milhão.
Em 2011, com o vigoramento do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), o Cemetron investiu R$ 1,38 milhão na redução desses custos, obtendo a queda de 79.55% dos resíduos. No ano passado, a segregação de 33,2 mil Kg de resíduos custou R$ 481,8 mil.
Os resultados obtidos em 2017 serão divulgados até fevereiro de 2018, ela informou.
TREINAMENTO NO INTERIOR
Ariquemes, Cacoal, Rolim de Moura e Vilhena reuniram este ao seus secretários, responsáveis por unidades de vigilância, e conselheiros municipais de saúde para a capacitação denominada educação continuada.
Segundo a coordenadora, desde o início do PGRS o Cemetron divulga as resoluções 306 (da Agência Nacional de Vigilância em Saúde) e 358 (do Conselho Nacional do Meio Ambiente) e 304 (Anvisa).
“Colaboramos com a Agevisa (Agência Estadual de Vigilância em Saúde) e o nosso trabalho tem demonstrado a importância do plano aos secretários municipais”, comentou.
Ela acredita que o diferencial de sucesso está no fato de o Cemetron ter ativado o seu núcleo de gerenciamento em 2011. “Na condição de gestora ambiental habilitada, isso é motivo de honra”, observou Márcia.
Fonte:Secom