Categoria: Visão de Fato

  • Visão de Fato – 14 de Maio de 2025

    Visão de Fato – 14 de Maio de 2025

    Confissões supremas
    Por Rodrigo Constantino

    Diante de uma plateia comunista da UNE, o ministro Barroso afirmou: “Nós derrotamos o bolsonarismo”. Era a confissão de um crime, claro, mas ninguém ligou. Mais recentemente, o mesmo ministro chegou a negar que disse o que disse, e que foi capturado em vídeo – flagrante perpétuo, segundo o próprio STF. Eis que, agora, o mesmo ministro confessa novamente o crime da parcialidade.
    O presidente do STF disse que os Estados Unidos tiveram papel “decisivo” para evitar que militares brasileiros aderissem a uma tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder. O ministro relatava que pediu aos americanos, quando foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral(TSE), declarações de apoio à democracia brasileira. “Acho que isso teve algum papel porque os militares brasileiros não gostam de se indispor com os Estados Unidos, porque é aqui que eles obtêm os seus cursos e equipamentos”, disse Barroso durante evento em Nova York do Lide, grupo de empresários liderado pelo ex-governador paulista João Doria. O STF atropela os demais poderes e fica por isso mesmo. Virou ditadura de toga, não resta mais dúvidas. E os ministros parecem tão à vontade com esse quadro que nem se importam muito de esconder…
    “Mais recentemente, tivemos um decisivo apoio dos Estados Unidos à institucionalidade e à democracia brasileira em momentos de sobressalto. Eu mesmo, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, estive com o encarregado de negócios americano, estive muitas vezes, e em três vezes pedi declarações dos Estados Unidos de apoio à democracia brasileira, uma delas do próprio Departamento de Estado”, disse o presidente do STF.
    Se isso não é intervenção estrangeira em nossas eleições, então o que é? Imagine só se fosse o contrário, o presidente Bolsonaro pedindo ao governo Donald Trump algo similar! E pior: sabemos que o STF foi atendido, que o governo Joe Biden enviou emissários de importantes instituições de estado para dar recadinhos. Toda premissa, claro, parte da narrativa da “tentativa de golpe”, mas ela é pura ladainha.
    Flávio Bolsonaro, em ambiente hostil da Globo News, rebateu em um minuto a farsa, diante de um senador Randolfe Rodrigues com cara de paisagem. Que golpista acata pedido do ministro do novo governo e troca o comando das três forças militares se pretende dar um golpe usando… as forças militares? E, sim, Bolsonaro pediu paz, ainda no dia 30 de dezembro ele disse que a direita não pode ser como a esquerda e quebrar patrimônio público, e que o mundo não acaba com a posse do Lula. Depois foi para os Estados Unidos. Golpista estranho esse…
    Com as confissões supremas, fica cada vez mais claro quem deu o verdadeiro golpe em nossa democracia. Flávio Dino, esses dias, chegou a recomendar nomes para disputa eleitoral no Maranhão, isso num evento em que se falava sobre a separação entre os poderes! Eles perderam qualquer resquício de pudor. O caso do julgamento do deputado Alexandre Ramagem deixa isso claro. O STF atropela os demais poderes e fica por isso mesmo. Virou ditadura de toga, não resta mais dúvidas. E os ministros parecem tão à vontade com esse quadro que nem se importam muito de esconder…

    • Visão de Fato 12 de Maio de 2025

      Visão de Fato 12 de Maio de 2025

      A guerra contra o crime e a força da indignação
      Por Roberto Motta

      A guerra contra o crime é um enfrentamento moral. É sempre a luta do certo contra o errado, da virtude contra o erro e do respeito contra o deboche. É o confronto da coragem contra as piores formas de covardia. O criminoso é essencialmente um covarde. Se tiver a oportunidade, ele humilha, machuca, tortura, violenta e mata. O criminoso é um parasita que vive do sangue e do espólio das vítimas. Ao contrário do que acreditam os analfabetos morais marxistas, ser criminoso não significa pertencer a uma classe, a uma corporação, a um movimento ou a uma escola de pensamento. O que caracteriza o criminoso é sua opção pela destruição, pela espoliação, pela brutalidade e pelo engano. O criminoso é, antes de tudo, um escroto –perdoem-me a grosseria, mas esse termo é insubstituível.
      A única linguagem que o crime entende é a força. É por isso que monstros assassinos e bandidos brutais se derretem de medo diante de um policial preparado, bem armado e experiente. Criminosos capazes dos piores atos de sadismo contra vítimas indefesas borram as calças e se urinam quando confrontados com um poder superior. A única barreira capaz de parar um monstro moral que saiu de casa decidido a fazer o mal é esse poder superior: a supremacia das forças da lei.
      Quem tem pena dos lobos sacrifica as ovelhas. É impossível combater o crime quando a preocupação maior do Estado é o bem-estar dos criminosos. O fundamento moral da luta contra o crime é a indignação – primal, visceral e irrefreável – gerada no cidadão de bem pela brutalidade rotineira dos bandidos. Essa indignação deveria ser a força motriz de policiais, promotores, magistrados e carcereiros. Se essa indignação não está presente, o policial ou operador do direito pode pegar seu boné – ou sua toga – e ir embora. Seu lugar não é na justiça criminal. Compaixão deve ser reservada para as infinitas vítimas do crime no Brasil, jamais para seus algozes.
      A guerra contra o crime é um combate físico e moral no qual milhares de homens e mulheres arriscam suas vidas todos os dias. A guerra contra o crime não é um trabalho de engenharia social, de conversão de almas, de treinamento profissionalizante ou de reconstrução de caráter. O objetivo da guerra contra o crime é neutralizar o criminoso, impedindo-o de agir ou fazendo com que ele mude de ideia. O arrependimento e a reabilitação estão sempre ao alcance do bandido, claro – e as evidências mostram que, quanto mais dura a repressão, maior a probabilidade de o criminoso mudar de atividade. Mas essa relação óbvia de causa e consequência foi obscurecida pela decomposição marxista que primeiro dominou o Direito e depois passou a controlar o sistema de justiça criminal.
      A guerra contra o crime é travada com leis, policiais, armas e ideias. As ideias estão na base de tudo. A guerra contra o crime é um combate assimétrico. Assassinos, traficantes, sequestradores e estupradores não respeitam regra alguma, enquanto o lado da lei – o nosso lado – precisa respeitar todas as barreiras morais, jurídicas e ideológicas. O único elemento que reequilibra essa assimetria é a força da indignação.

      • Visão de Fato – 09 de Maio de 2025

        Visão de Fato – 09 de Maio de 2025

        O tipo de papa que faz bem à Igreja Católica
        Por J.R. Guzzo

        Havia dois tipos de papa, e só dois, que os especialistas esperavam que saísse do conclave de cardeais reunidos em Roma para eleger o sucessor de Francisco I. Dentro da mendicância mental que governa hoje a maior parte do pensamento humano, o novo papa ou será uma maravilha ou um troglodita empenhado em devolver a Igreja Católica à baixa Idade Média.
        Um possível modelo dois-em-um, quer dizer, algo entre os dois extremos, não estava sendo considerado – imagina-se que iria pender para um lado ou para outro como o papa Francisco, que acabou virando, vejam só, um admirador de Lula, dos “palestinos” e da Nicarágua.
        Naturalmente, no mundo das coisas, há considerações que não combinam com o que se diz no mundo das ideias. Uma delas levanta a possibilidade que os cardeais, não tendo lido as análises que explicam o que há por dentro das suas cabeças, acabassem escolhendo o novo papa com base no puro e simples pragmatismo – ou o que presumem ser o caminho mais racional para a Igreja. No fim, o eleito foi o cardeal Robert Prevost, de Chicago, com o título de Leão XIV – o primeiro americano entre os 267 papas que reinaram desde São Pedro.
        Muitos dos comandantes da hierarquia católica, e um número ainda maior de subordinados, são francamente a favor do suicídio – continuam empolgados com a ideia de que a Igreja deve abandonar suas preocupações com a religião, e liderar a hoste global do socialismo-igualdade-inclusão-mudança do clima-linguagem neutra e o resto que você sabe. Mas era possível que o instinto de sobrevivência que levou a Igreja Católica a sobreviver por 2000 anos voltasse a se manifestar e o conclave acabasse se inclinando para a solução mais lógica. O cardeal Prevost, no futuro mais próximo, deve dizer a que veio.
        O que seria a solução mais racional nas atuais circunstâncias? Seria optar por uma mudança de rumos capaz de levar a Igreja a agir na defesa objetiva dos próprios interesses – que são, no fundo, os interesses da fé católica. Teria, para isso, de voltar a falar em religião para os seus fiéis; teria, de novo, de ser o centro da sua vida espiritual.
        Ou faz isso, e recupera a sua força moral, ou perderá cada vez mais a sua relevância. Continuará sendo engolida pelos cultos evangélicos, como ocorre hoje no Brasil. Ou pelo islamismo, como ocorre no resto do mundo. Ou, ainda, pela indiferença das pessoas diante de considerações religiosas.
        A Igreja Católica, há cerca de 50 anos, decidiu tornar-se cada vez mais uma organização política – e há 50 anos vem perdendo terreno perante as outras profissões de fé. O desastre, aí, foi esquecer que o catolicismo é algo que as pessoas procuram para responder às demandas da alma, e não para obter instruções de conduta política. O cidadão não vai à missa para que o padre lhe diga em quem deve votar, ou lhe exiba uma bandeira da Palestina.
        Não quer receber aulas sobre o que tem de achar sobre os índios ianomâmis ou o uso de “agrotóxicos”. Não está interessado no que o vigário acha de Lula, das “mudanças do clima” ou da “reforma agrária.” Quer tratar do seu espírito, do seu senso moral e dos seus valores cristãos.
        Um papa que vai faz bem à Igreja é o papa que conduz o catolicismo de volta à sua essência – fé religiosa, valores éticos, comportamento como ser humano. A preocupação central não tem de ser a necessidade constante de “mudança”. Por acaso os muçulmanos querem mudar alguma coisa? A Igreja Católica, ao contrário do que acham os “progressistas”, não tem problemas por ser “conservadora”; suas carências de hoje não têm nada a ver com o que os padres dizem ou deixam de dizer sobre a direita ou a taxa de juros. Seus problemas, todos eles, vêm do fato de que o catolicismo vem se transformando, cada vez mais, em algo inútil para vida do espírito.

        • Visão de Fato – 08 de Maio  de 2025

          Visão de Fato – 08 de Maio de 2025

          O governo que rouba os velhinhos
          Por Paulo Briguet

          Está certo o Imperador Calvo em reclamar por ser tratado como uma celebridade da revista Caras. Nada do que ele ou seus companheiros de regime fizeram nos últimos anos poderia figurar nas páginas daquela famosa publicação. A Caras não tem a sua cara, majestade.
          A revista Caras tem mais de 30 anos, que começou a circular. A gente sempre encontra uma prá ler as belas reportagens sobre a vida dos famosos. Portanto, podemos dizer que o Supremo Soviete Federal não tem absolutamente nada a ver com a linha editorial da revista.
          A revista mostra gente bonita, rica e alegre. Dessas três qualidades, o Supremo só tem a riqueza. Nada de bonito ou alegre existe ali. A revista não promove censura, não persegue adversários, não solta corruptos, não favorece bandidos, não rasga a Constituição, não usurpa os poderes, não interfere em eleições, não descondena ninguém e muito menos tira um sujeito da cadeia para colocá-lo na cadeira presidencial.
          Na revista tem glamour, festa e curtição. Não tem tribunal de exceção, não tem delação torturada, não tem cerceamento do direito de defesa, não tem chantagem contra familiares, não tem medo de ser morto, não tem invasão de UTI. A Caras faz jornalismo, não persegue jornalistas.
          A revista não prende idosos, nem mães de família, nem trabalhadores sem antecedentes criminais. Não destrói a vida de terroristas cujas armas são batons, terços e bíblias. Lá ninguém será sequestrado e jogado numa cela infecta por muitos anos. Nunca se ouviu dizer que a revista tenha deixado crianças órfãs e avós dilaceradas.
          A revista Caras conta histórias — histórias leves, mas histórias. Ali ficamos sabendo quem casou, quem causou e quem tem casa. O Supremo, por sua vez, quer apagar a história e reescrevê-la segundo sua própria vontade (não à toa, um ministro arrogou-se “editor de todo um país”). Ali se decide qual criminoso será libertado (sem burocracia) e qual inocente será preso (sem anistia).
          Em um ponto, porém, a Caras e o Supremo são iguais. Em nenhum dos dois você verá alguma referência àquele que tem tudo para ser o maior escândalo de corrupção da história, ocorrido no governo Lula III.
          Os velhinhos roubados pelo governo petista não vão aparecer na Caras, e também não vão dar as caras no Supremo. Eles não têm glamour, não têm riqueza, não têm a beleza das celebridades.
          As vítimas do roubo da previdência serão completamente esquecidas pela revista e pelo tribunal. A New Yorker não vai fazer um ensaio fotográfico com eles, muito menos escalar o biógrafo do Che Guevara para entrevistá-los.
          E quem vai pagar a conta? Eu, vocês, meus sete leitores, e os milhões dos manés que formam o povo brasileiro e não aparecem na Caras.
          Mas há um segundo ponto em comum entre a Caras e o Supremo Soviete Federal. A revista possui uma ilha particular — a Ilha de Caras —, à qual diversas celebridades são convidadas para passar dias de glamour. A Ilha de Caras é uma perfeita imagem do Supremo, do Congresso e do Governo brasileiro nos dias de hoje.
          Os donos do poder vivem numa ilha, absolutamente separada da realidade das pessoas comuns e de quem carrega o país nas costas. Na verdade, a elite política está em guerra com o povo brasileiro, e faz de tudo para proteger-se dos insistentes golpes que lhes são desferidos pela realidade dos fatos.
          Em Brasília, o problema não é a Caras; é a vergonha na cara.

          • Visão de Fato – 07 de Maio de 2025

            Visão de Fato – 07 de Maio de 2025

            Depois de Míriam Leitão, Tiririca vira imortal da Academia Brasileira de Letras
            Por Paulo Polzonoff Jr.

            Uns dirão que é decadência; outros, que é decadênsia. Seja lá como for, o fato é que, neste texto e pelo andar da carruagem, depois de Míriam Leitão os velhinhos de fardão perderam a mão, mandaram praquele lugar a tradição e, num ato que alguns dizem ser de gratidão e outros de transgressão e revolução, quando não de devassidão (intelectual!), elegeram Tiririca para a Academia Brasileira de Letras. Isso é o que eu chamamos de consagrassão!
            Coube ao presidente da instituição, Merval Pereira (que fase!), anunciar o nome do mais novo imortal: Francisco Everardo Oliveira Silva, 60 anos, cearense de Itapipoca e conhecido por deixar sua impressão (digital) em tudo o que assina. “A obra do senhor Tiririca, principalmente em seu épico ‘Florentina’ é um marco da moralidade brasileira e do lirismo popular, abestado”, disse Merval, arrancando reflexivos meneios de cabeça dos jornalistas ali presentes.
            E disse mais, o presidente da ABL e comentarista da GloboNews. Disse que, depois de Paulo Coelho, Gilberto Gil, Fernanda Montenegro e Míriam Leitão, é natural que a instituição centenária fundada por Machado de Assis aceite membros cada vez mais intelectodivergentes. Tudo em nome da inclusão. “Queremos que todos os Oruams e Matuês da vida saibam que eles são bem-vindos na ABL”, disse.
            Ainda de acordo com Merval Pereira, dentro da Academia a expectativa é grande para o preenchimento das duas vagas que foram abertas depois que os imortais Marcos Vilaça e Heloísa Teixeira perceberam que não é bem assim, a imortalidade é simbólica e tal, não basta vestir o fardão, tem que se cuidar, tomar vitaminas, comer fibras, fazer exercícios, etc., e mesmo assim uma hora ela chega para todos.
            Nas bets, as apostas já começaram. Por enquanto, o favorito é Lula. Que, se eleito, seguirá a tradição iniciada por Getúlio Vargas. Janja é outra forte concorrente. Sem esquecer o rei da CAIXA ALTA E DOS PONTOS DE EXCLAMAÇÃO!!!!!!!!!. Alexandre de Moraes. O homem que, mais do que todos os intelequituais da ABL, usa e abusa (ô, se abusa!) da criatividade em seu ofício.
            Aproveitando o interesse no mais novo imortal, a Academia Brasileira de Letras também anunciou a modernização de seu nome para Abêéle. Nome que, nas palavras do presidente, “soa como um vocábulo do léxico dos povos nativos”. E não, a sugestão não foi do imortal Ailton Krenak; foi da Lilia Schwarcz. Depois Merval começou a cantar “Florentina, Florentina/ Florentina de Jesus…/ não sei se tu me amas/ pra que tu me seduz?” e todo mundo o acompanhou. Foi líndio.
            “Pior que tá não fica”
            A eleição de Tiririca contou com o apoio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que doou as urnas eletrônicas para o pleito. Ele obteve 50,9% dos votos possíveis, superando o ex-presidente Jair Bolsonaro, que ficou com 49,1% dos votos válidos. Só para constar: os demais candidatos eram Carla Perez, Xuxa, Sergio Mallandro, Luva de Pedreiro e a ex-presidente Dilma Rousseff.
            Numa nota curta, relatada às pressas enquanto o deputado votava com o governo Lula em alguma questão de suma importância para o país, Tiririca se disse surprezo com a sua eleição para a ABL, agradesseu os voto e insistiu na tese de que “pior que tá não fica”. Fica, sim, abestado! Ah, se fica.

            • Visão de Fato – 06 de Fato de 2025

              Visão de Fato – 06 de Fato de 2025

              Golpe no INSS: roubar dos velhinhos é desculpável quando o governo é do PT
              Por J.R. Guzzo

              O roubo do pobre dinheirinho dos aposentados do INSS através de descontos ilegais em seus pagamentos e desvio para o cofre dos sindicatos, um episódio sórdido demais até para os padrões do presidente Lula, tem tudo para acabar como em geral acabam os casos de corrupção dos governos do PT. Em primeiro lugar, Lula levou um tempo inexplicável para demitir o suspeito-estrela da ladroagem – o ministro Calos Lupi, da Previdência Social, criado neste governo justo para “cuidar do INSS”. Em seguida, nomeou para o cargo um sub-Lupi, que tem tudo para se sair ainda pior que o original. Antes e depois, já saiu contando a agressiva lorota de que não era culpa deles, pois a coisa já tinha começado nos governos Temer e Bolsonaro.
              Acredite se quiser, foi isso mesmo: o PT, o “estamento intelectual” e a grande mídia chapa-branca que serve como departamento de propaganda do governo Lula, sustentam em público que roubar passa a ser lícito quando o roubo é feito pela “esquerda”, ou compreensível, ou desculpável. Só tem de ser reprovado quando tem impressão digital dos “adversários”. Pior: nos dois anos e pouco de governo Lula, o assalto aos aposentados do INSS simplesmente explodiu. Jamais se roubou alguma coisa com tanta voracidade, selvageria e falta de escrúpulo.
              Outro ponto marcante da reação de Lula ao escândalo foi a recusa do governo, vocalizada pelo ministro Haddad e outros feitores da chamada “área econômica”, de devolver o dinheiro roubado dos aposentados – roubo cometido com a responsabilidade direta do Estado, via INSS. É como se funcionários do Bradesco ou Itaú desviassem dinheiro da sua conta corrente, e a diretoria dos bancos dissesse que não tem nada a ver com isso. Já vieram até com um projeto de lei, claramente abjeto, estabelecendo que o dinheiro que os sindicatos roubaram deve ser pago pela população em geral.
              Lula, até agora, não disse uma sílaba sobre a horrorosa constatação de que o seu próprio irmão, vulgo “Frei Chico”, está metido até o talo na roubalheira no INSS – um dos sindicatos do seu portfólio recebeu 550% a mais, agora, do que faturava cinco anos atrás com os descontos criminosos em cima dos aposentados. Seria a primeira questão a ser respondida por ele, mas até agora não foi: no Brasil “recivilizado” de hoje, o irmão do presidente da República é suspeito de roubar vulneráveis e o governo finge que não aconteceu nada. Como a mídia não fala do caso, e menos ainda do irmão, o governo acha que não está acontecendo nada; só um ajuste de rotina no ministério, não mais.
              Não se ouviu, por outro lado, nem um pio dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino ou Barroso, dando 48 horas para Lula explicar que roubo no INSS é esse, e o que o seu irmão está fazendo nele. Não chamou a mínima atenção das autoridades repressoras também o caráter hediondo do crime. O dinheiro desviado para o bolso dos sindicalistas era tirado, de propósito, dos aposentados mais pobres, mais analfabetos, mais desprovidos de informações, mais isolados, porque estes eram os que tinham menos condições de perceber que estavam sendo roubados.
              É um retrato perfeito desse regime de malfeitores que manda hoje no país e faz de conta que é uma “democracia” empenhada em luta heroica contra o “fascismo” – gente que queria dar um golpe com estilingues, bolas de gude e um batom, e não pode ter anistia pelos crimes que não cometerem.

              • Visão de Fato – 05 de Maio de 2025

                Visão de Fato – 05 de Maio de 2025

                Primeiro de Maio ou Primeiro de Abril?
                Por Luís Ernesto Lacombe

                Em horário nobre, propaganda enganosa, produzida com o dinheiro dos pagadores de impostos, veiculada às expensas de emissoras de rádio e tevê… Cadeia nacional, para todo mundo ouvir as lorotas de sempre e as novas. Foi na caradura mesmo, sem vergonha nenhuma, sem nem mesmo um constrangimento pontual, um piscar de olhos mais acelerado, um espasmo facial discreto, nada… E o próprio pronunciamento oficial de Lula foi justificado por aliados com uma mentira: “Ele preferiu gravar o vídeo, não quis se comprometer porque centrais sindicais convocaram dois atos simultâneos, um em São Paulo e outro em São Bernardo do Campo. Por isso, Lula resolveu não ir a nenhum”. Claro, não teve nada a ver com o fracasso do ato do ano passado, com patrocínio milionário da Lei Rouanet, shows musicais, sorteios de brindes, no enorme estacionamento do estádio do Corinthians, que ficou ainda maior com a presença de meia dúzia de gatos pingados e a ausência do Brasil de verdade.
                Quem não é masoquista, nem cúmplice de mentiroso, nem mentiroso também assistiu ao pronunciamento de quase cinco minutos, tendo embrulhos no estômago. Lula jura que a economia brasileira está voando… Claro que ele não citou dados divulgados nos últimos dias, como a taxa de desemprego no primeiro trimestre deste ano, que subiu para 7%. No último trimestre de 2024, o indicador estava em 6,2%. Também omitiu que o número de vagas de trabalho abertas em março ficou em pouco mais de 70 mil, bem abaixo da expectativa de economistas que participaram de uma pesquisa da Reuters. Eles esperavam a criação líquida de 200 mil vagas… Lula também não citou o relatório publicado pelo Banco Central na última quarta-feira apontando que as estatais federais, estaduais e municipais registraram um déficit de R$ 1,27 bilhão no primeiro trimestre deste ano, o segundo maior da história, só atrás do resultado negativo do primeiro trimestre de 2024, quando as estatais registraram um déficit de R$ 1,51 bilhão.
                Se, por um descuido imperdoável da turma do marqueteiro Sidônio Palmeira, Lula tivesse falado do rombo das estatais – que a ministra da Gestão, Esther Dweck, já ensinou a jornalistas que não é rombo –, o petista teria botado a culpa nos governadores e prefeitos… Mesmo que a verdade seja inescapável: quem puxou o saldo negativo foram as empresas “administradas” pela turma do Lula. As empresas municipais tiveram lucro de pouco mais de R$ 1 bilhão. As estaduais registraram déficit de R$ 556 milhões. E as federais? Prejuízo de R$ 1,75 bilhão… Pelo menos, a inflação está sob controle… Não, isso Lula não disse. Até mentira tem limite. A inflação está acima do teto da meta. E, com o discursinho do petista em defesa do fim da jornada de trabalho 6 por 1, novos aumentos de preços estão sendo garantidos.
                Sobre a roubalheira contra aposentados e pensionistas, Lula disse que o governo dele “desmontou o esquema”. Ora, ora, de 2022, último ano do governo Bolsonaro, para 2023, os descontos indevidos aumentaram 84%. De 2023 para 2024, o aumento foi de 273%. Lula também não falou, claro, que o ministro da Previdência, Carlos Lupi, que ele ainda não demitiu, foi alertado sobre os desvios e nada fez… Atas das reuniões do Conselho Nacional de Previdência Social mostram que Lupi foi alertado sobre o aumento de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões em junho de 2023, mas levou dez meses para tomar alguma providência. Ele já admitiu que sabia fazia muito tempo dos desvios, mas que não tinha ideia do volume roubado pelos sindicatos e pelas associações… Então, esperou dois anos para ser “surpreendido” e ficar furioso com os corruptos. É, com certeza, junto com Lula, uma das almas mais honestas deste país…
                No pronunciamento sobre o Dia do Trabalhador, que virou também “Dia da Trabalhadora”, Lula não falou de seu irmão mais velho, José Ferreira da Silva, o “Frei Chico”, que é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, uma das entidades investigadas pela roubalheira no INSS. O tal Sindnapi, em 2022, último ano do governo Bolsonaro, tirou de beneficiários do Instituto R$ 88 milhões. Em 2023, primeiro ano do terceiro mandato de Lula, foram R$ 149 milhões e, no ano passado, R$ 154 milhões. Imaginem se um irmão de Jair Bolsonaro estivesse na situação do frei de araque, que nem acredita em Deus… Seria um escândalo. Só que Lula parece sempre destinado a ser perdoado, pelos incautos, pelos supremos. É o comunista típico, sempre abraçado a mentiras, propagando um mundo irreal em cadeia nacional, o tempo inteiro. E, assim, todos os dias são feitos de falsidades, todo dia Primeiro de Maio pode virar Primeiro de Abril.

                • Visão de Fato – 02 de Maio de 2025

                  Visão de Fato – 02 de Maio de 2025

                  Lupi sabia, Lewandowski desconversa, e Lula segue calado: afinal, quem defende dona Ezimar?
                  Por Marcel van Hattem

                  O Brasil assiste a um escândalo sem precedentes: a fraude bilionária dos descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. Fala-se em R$ 2,6 bilhões desviados apenas em 2023. O governo Lula, em lugar de agir de forma ética e enérgica, optou pelo negacionismo e pelo jogo de empurra. Como sempre. O ministro da Previdência de Lula, Carlos Lupi, chegou a afirmar que a tal “roubalheira sempre existiu” e que a culpa seria de governos anteriores. Os dados, porém, são claros: se sempre houve fraude no INSS, nunca antes na história desse país foi tão escrachada e volumosa. E o pior: Lupi admitiu que sabia da fraude, mas não fez o que era necessário para que fosse combatida.
                  Exemplo dessa omissão é o drama da dona Ezimar Vieira, de Brasília, que nos procurou na Câmara dos Deputados. Diagnosticada com câncer de tireoide e já tendo sido submetida anos atrás à cirurgia de câncer de intestino, apresentou-nos o contracheque com o desconto de quase R$ 80 mensais, desviados para um sindicato de São Paulo do qual nunca ouvira falar. Quando buscou ajuda na agência do INSS, ouviu que não havia o que fazer. “Não é que não consigo comprar meus remédios. Às vezes não consigo comer!”, disse, entre lágrimas copiosas de quem precisa admitir uma realidade constrangedora. De cortar o coração!
                  Já o ministro Carlos Lupi, mesmo sabendo da situação por que passavam milhões de brasileiros como Ezimar, disse, como justificativa para sua inação, que tinha preferido esperar pelo envio de “documentos” para fazer alguma coisa. Esperou por sabe se lá que burocracias enquanto aposentados doentes como dona Ezimar eram lesados.
                  E o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski? Em audiência na Câmara dos Deputados, questionei-o sobre seu diretor-chefe da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues: por que o delegado deu entrevista a um meio de comunicação afirmando que a entidade Sindnapi – cuja diretoria é composta pelo irmão de Lula, Frei Chico – não estaria sendo investigada? A investigação não estava em sigilo? Como ele teve acesso e por que motivo publicava informações a seu respeito? Foi para defender o Frei Chico e seu irmão, Lula?
                  Pior do que a entrevista foram os fatos que vieram à tona, graças ao trabalho de fiscalização da bancada do Novo na Câmara. O sindicato do irmão de Lula foi possivelmente um dos maiores beneficiados do suposto esquema. Os números falam por si: a entidade, que recebia R$ 23 milhões em descontos nos contracheques de associados em 2020, recolheu R$ 154 milhões no ano passado. A pergunta é simples: se este sindicato não está sendo investigado ainda, seria por prevaricação da autoridade policial? Acionamos o Tribunal de Contas da União (TCU) e entreguei a documentação pessoalmente ao ministro Lewandowski em sua ida à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, na última terça-feira (29).
                  A cada dia que o governo Lula deixa de dar respostas aos escândalos que cria, cresce a indignação dos brasileiros. A cada aposentado lesado, confirma-se o desrespeito do governo petista com quem mais precisa. Se o Brasil fosse um país minimamente sério, Carlos Lupi já teria sido demitido ou entregado seu cargo. E, nesse caso, Lewandowski, em lugar de ocupar a cadeira de ministro da Justiça, teria muito a explicar à Justiça – inclusive sobre o fato de seu filho ser advogado de uma das bancas que defende um dos sindicatos investigados.
                  O Partido NOVO apresentou um projeto de lei para exigir a revisão anual e a obrigatoriedade de biometria nos convênios com entidades sindicais. Além disso, também apresentamos um projeto proibindo o desconto em folha dessa mensalidade sindical, utilizada na verdade para desviar recursos de velhinhos e velhinhas, deficientes físicos e outros beneficiários do INSS, para os bolsos de ladrões inescrupulosos. Exigimos urgência na votação desses projetos. Exigimos respeito com o dinheiro dos brasileiros. E exigimos justiça: que os responsáveis por mais essa roubalheira sejam investigados, punidos e que devolvam o dinheiro roubado de dona Ezimar e das milhões de vítimas que fizeram Brasil afora.

                  • Visão de Fato – 30 de Abril de 2025

                    Visão de Fato – 30 de Abril de 2025

                    O escândalo do INSS
                    Por Rodrigo Constantino

                    O escândalo do INSS sacode um governo que já vinha em clara decomposição e que jamais teve qualquer âncora moral. Afinal, é comandado pelo ladrão que voltou à cena do crime, como diria seu próprio vice. O PT faz de tudo para se afastar do escândalo, mas isso é impossível. O povo não é trouxa a este ponto e consegue notar como voltamos a ter corrupção desenfreada em vários lugares, depois de quatro anos sem qualquer escândalo durante Jair Bolsonaro.
                    Em seu editorial de hoje, a Gazeta do Povo mostra como está fadada ao fracasso a tática petista de transferir responsabilidades sobre o escândalo no INSS. A demora de Carlos Lupi em agir, ciente dos problemas, apenas complica a situação do governo em geral. O jornal conclui:
                    Ainda que a investigação conclua pela inexistência de responsabilidade criminal direta de Lupi, é inegável que a fraude no INSS só foi possível graças à incompetência administrativa e à má gestão do instituto e do Ministério da Previdência. Discursos inflamados, bodes expiatórios e nem mesmo as artes marqueteiras de Sidônio Palmeira serão capazes de varrer para debaixo do tapete lulista — já encardido pela corrupção e pelos malfeitos — mais este episódio vergonhoso, que ainda está longe de ser encerrado. A população, em especial os milhares de aposentados lesados pelo esquema criminoso atuante no INSS, não pode ficar sem resposta.
                    O deputado Marcel van Hattem apresentou durante sua fala nesta terça ao Ministro da Previdência, Carlos Lupi, a Dona Ezimar: doente, aposentada do INSS, roubada pelo governo Lula. Ela recebia quase oitenta reais mensais a menos em sua aposentadoria, descontados sem sua concordância. Mais uma vítima da corrupção petista. A senhora, com lágrimas nos olhos, disse que esse dinheiro fazia falta para a compra dos seus remédios!
                    A maior derrota que as máfias sindicais sofreram no Brasil foi o fim do imposto sindical, que Lula sempre quis trazer de volta. Escrevi sobre isso em 2023. Os pelegos precisam explorar os trabalhadores, pois se depender de serviços voluntários, os trabalhadores jamais vão julgar como vantajosa a sindicalização. Eis a triste realidade: o sindicalismo é todo calcado numa premissa falsa marxista, na mentira de que o trabalhador precisa ser protegido por sindicatos contra patrões terríveis e exploradores. Na prática, a verdadeira luta de classes se dá entre trabalhadores e empresários contra o Estado inchado e sindicatos, ou seja, a liberdade versus o fascismo. Assim concluo o texto anterior e o atual:
                    Foi essa ideologia que inspirou a nossa CLT varguista, no período em que o Brasil mais flertou com tal regime. Não por acaso Vargas é o ditador adorado pela nossa esquerda. Ironicamente, é essa mesma esquerda, de volta ao poder, que acusa todo adversário de “fascista”…
                    Pensar que, se o trabalho prestado por sindicatos for tido como positivo por quem supostamente é beneficiado por ele, então o próprio trabalhador vai desejar se sindicalizar e contribuir voluntariamente com esse tipo de serviço prestado é algo que foge à imaginação dos autoritários.
                    O trabalhador seria burro demais para entender o quão maravilhoso é o sindicato para ele, por isso deve ser obrigado a deixar uma parte de seu suado salário na mão desses pelegos do PT. Mas com muito amor, claro!

                    • Visão de Fato – 29 de Abril de 2025

                      Visão de Fato – 29 de Abril de 2025

                      A farra do “bolsa conselho” que engorda os parasitas do governo Lula
                      Por J.R. Guzzo

                      Vai ficando cada vez mais difícil acessar o noticiário do dia a dia sem encontrar um novo episódio de roubo do Erário, evidente ou oculto por alguma safadeza legal, por parte do governo Lula. Deixou de ser uma epidemia. Já está rolando, a toda, em ritmo de pandemia que escapou de qualquer controle. Ficam falando aí, o tempo todo, em “combate” à anistia, apoio cego a Alexandre de Moraes, e os horrores do governo Trump. Mas o que realmente estão fazendo, na vida como ela é, é meter a mão no dinheiro que você pagou de imposto.
                      É uma coisa cada vez mais aflita, tosca e desesperada – a impressão é que estão vendo que o governo Lula começa a caminhar para o fim, daqui a pouco mais de um ano e meio, e querem roubar até o último real que houver no Tesouro Nacional. Não têm – e nunca tiveram – qualquer ideia, projeto ou objetivo que não fosse se entupir de dinheiro sob a proteção e, sobretudo, a cumplicidade de Lula e seu Estado-Maior. Agora, ao que parece, começam a desconfiar que esse governo não vai durar para sempre – e aproveitam o tempo que sobra para levar tudo o que conseguem. Parece um desses saques de supermercado que acontecem de tempos em tempos. “Vamos levar o que dá, até palha de aço, antes que a polícia chegue”.
                      O último espasmo conhecido de ladroagem que veste o terno e gravata de coisa legal, mas que é roubo do mesmíssimo jeito, é a distribuição maciça de salários de marajá, nos conselhos de administração de estatais e empresas em que o governo é sócio, para a gataria gorda do regime. O escândalo, que não é de hoje, foi contabilizado por uma reportagem de O Estado de S. Paulo. Neste preciso momento em que você está pagando o imposto que vem junto com sua conta de luz, saiba que uma parte vai pagar bonificações para 323 parasitas que Lula enfiou na direção de estatais e empresas-sócias. Nenhum deles faz um minuto sequer de trabalho ali. É só esperar o dia do pagamento e correr para o abraço – uma espécie de “Bolsa Conselho” para a turma toda.
                      É o tipo do roubo ideal, pois o ladrão está autorizado a roubar pela lei e tem a sua impunidade garantida em 100% das vezes. Os salários, nos casos mais agressivos, chegam a R$ 80.000 por mês – que vêm reforçar o seu contracheque caso você tenha um cargo de ministro, magnata ou aspone em algum lugar do governo Lula. O Ministério da Fazenda, por exemplo, é o mais guloso de todos: tem hoje 100 empregões destes, sendo que o próprio ministro Haddad garantiu o seu. Em segundo lugar, com a ministra Dweck à frente, vem o prodigioso “Ministério da Gestão” criado por Lula – eis aí, ao que parece, a razão pela qual foi inventada essa anomalia. Ao todo, treze ministros estão levando a sua granola com esse esquema.
                      O caso mais cômico é o da ministra da “Igualdade Racial”, Anielle Franco. A única razão pela qual ela está no governo é o fato de ser irmã da ex-vereadora carioca Marielle Franco, assassinada a mando de gente que, hoje se sabe, estava envolvida com o PT e a candidatura de Dilma Rousseff. Quais os conhecimentos que Anielle teria em ligas metálicas de última geração, por exemplo, para estar no conselho da Tupy, sócia do governo? Ela mal saberia dizer que horas são; sua especialidade é viajar pelo mundo com dinheiro público. O que tem a dizer de útil numa reunião da empresa?
                      As explicações dos envolvidos são as piores possíveis – para se ter uma ideia, a primeira coisa que lhes vem à cabeça é dizer que não há nada de ilegal no que estão fazendo. É isso, mais do que qualquer outra coisa, o verdadeiro governo Lula; muita briga para tirar passaporte com outro nome, muita Palestina, muita linguagem neutra, muita devoção ao STF, muita picanha etc. etc. etc., mas o que estão fazendo, mesmo, é encher cada vez mais o próprio bolso.