Cardozo comenta que as informações são muito contraditórias.
O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo negou ter repassado informações sobre a Operação Lava Jato à ex-presidente Dilma Rousseff em entrevista ao jornal “O Globo”. Segundo ele, a informação de que Dilma sabia do caixa 2 de campanha, afirmada pelos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, é completamente inverossímil. “A orientação da Dilma era muito clara em petit comité: “não quero saber de discussão, na dúvida, não peguem contribuição, tudo transparente”. Ela dava essa ordem não apenas por convicção, mas porque estava no bojo de um processo em que isso (caixa 2), óbvio, daria problema”, declarou o ex-ministro.
Ainda sobre a delação do casal, Cardozo comenta que as informações são muito contraditórias. “Ela (Mônica) diz que recebeu uma mensagem, que essa mensagem não estava clara se era sobre a prisão, e que depois Dilma pede um telefone seguro, liga para o João Santana e diz que ele ia ser preso, porque o José Eduardo Cardozo viu o papel (mandado de prisão) rolando pelas mesas. O ministro da Justiça vai ficar andando pelas mesas da Polícia Federal procurando mandado? Segundo: Mandado de operação sigilosa largado em cima da mesa? É uma versão grotesca. Que coisa ridícula. Terceiro: o João Santana desmente ela (Mônica) e diz que ninguém no governo o avisou”, relata.
Quando questionado sobre a delação de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda nos governos Lula e Dilma, Cardozo diz que vai “Esperar para ver” e que deixou “de ter surpresas neste processo”. Ele avalia que o principal erro cometido pelo PT e, principalmente, por Dilma, foi ter confiado demais no PMDB. “Ignorávamos que o Eduardo Cunha tinha uma articulação política com os ministros do PMDB e com o próprio vice-presidente, a ponto de Dilma dar a coordenação política a Michel Temer. E essa articulação política foi usada para derrubá-la”, completa.
Fonte : noticiasaominuto
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