Campeã olímpica, Rafaela Silva quer driblar favoritismo por ouro inédito
Na luta por uma medalha de ouro inédita, a campeã olímpica e mundial Rafaela Silva chega aos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 em boa fase e como favorita para alcançar o lugar mais alto do pódio na categoria peso leve, para atletas com até 57 kg.
“Eu vou para uma competição na qual eu não tenho uma medalha de ouro ainda, o que dá uma motivação adicional”, afirma a judoca o que conquistou a medalha de bronze nos jogos de Toronto 2015 e de prata em Guadalajara 2011.
Para Rafaela, nem mesmo o fato de o Pan-Americano contar pontos para a classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio gera uma desmotivação. “Internamente tem a mesma importância de m Grand Prix, Grand Slam e Campeonato Mundial”, garante ela.
Outro incentivo que guiará a judoca na competição é a derrota para a canadense Christa Deguchi na final do Campeonato Pan-Americano, disputado no mês de abril, justamente na cidade de Lima.
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“Meu professor sempre fala que gosta de me ver competir depois de uma derrota, porque eu vou com um pouco mais de sangue nos olhos. Eu nunca quero levar a segunda derrota para casa. Já perdi lá”, afirma Rafaela.
Ao comentar sobre as principais adversárias, a campeã olímpica lembra que está em uma categoria que nunca foi fácil nas Américas. “Minha preocupação não é com as minhas adversárias. Estou focada em manter o trabalho e o ritmo de treino.”
Ao comentar o favoritismo no torneio, Rafaela diz já estar se acostumando com a coloração diferenciada estampada nas costas do quimono devido ao título olímpico. “Carregar o backnumber dourado nas costas e ser anunciada como campeã olímpica é uma responsabilidade. Agora já rodei três anos com ele e estou conseguindo lidar um pouco melhor com isso”, destaca.
“No ano que vem que é um pouco diferente porque vou tentar defender o backnumber e tentar manter ele por mais quatro anos”, afirma a judoca em referência à manutenção do título olímpico.
De acordo com Rafaela, é necessário lidar com a pressão nos treinos, nas competições e até mesmo da família. “Quando a gente sai de casa para uma viagem, a família sempre fala: ‘traz a medalha lá’”, comenta Rafaela, que completa: “A gente carrega sempre um pouquinho de cobrança, mas estamos conseguindo driblar bem essa parte.”
R7