“Brincadeira da rasteira” que virou febre na web pode levar à morte, alerta médico
Uma brincadeira feita principalmente entre adolescentes no ambiente escolar está virando “febre” e preocupa pelos riscos de queda e até de morte. Chamada de “brincadeira da rasteira”, o objetivo é derrubar o colega com as pernas.
Uma brincadeira feita principalmente entre adolescentes no ambiente escolar está virando “febre” e preocupa pelos riscos de queda e até de morte. Chamada de “brincadeira da rasteira”, o objetivo é derrubar o colega com as pernas.
Três pessoas ficam posicionadas uma ao lado da outra e as duas da ponta pulam, pedindo em seguida que a pessoa que está no meio também dê um salto. Logo que ela pula, os colegas das pontas dão uma rasteira e a pessoa cai imediatamente de costas, normalmente batendo a cabeça no chão.
Já são inúmeros vídeos compartilhados nas redes sociais. Muitos são de adolescentes dentro de escola, usando uniforme e “brincando” na hora do intervalo. Em outros, adultos dão o salto e em um deles a pessoa cai e desmaia.
Alerta
O ortopedista Lourimar Tolêdo alerta que uma queda desse tipo pode inclusive levar à morte. “Eu também recebi um desses vídeos hoje (terça-feira) e fiquei horrorizado. É uma brincadeira muito perigosa, de mau gosto, que coloca a pessoa em vários riscos, inclusive o de morte”, declarou.
O médico pontua os riscos: “Essa queda ao solo pode provocar lesões nos membros, na coluna e até mesmo traumatismos cranianos. Na tentativa de se apoiar durante a queda, pode fraturar punho, braço, cotovelo e o ombro. Na coluna, há risco de comprometer até a medula espinhal, ocasionando déficits neurológicos. No caso de traumatismo craniano, a pessoa pode ter sequelas neurológicas graves que até levem à morte”.
Lourimar finaliza alertando os pais e também as escolas para o monitoramento e inibição desse tipo de “brincadeira”.
“As famílias devem conscientizar as crianças e adolescentes a não praticarem isso. Até mesmo as escolas devem estar alertadas. Uma ‘brincadeira’ dessas pode destruir uma vida e uma família inteira”, disse.
Por Elisa Rangel
Fonte:Tribuna online