Bolsonaro se reúne nesta terça com os governadores da Amazônia
Os governados dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins se reúnem na manhã desta terça-feira (27) com o presidente Jair Bolsonaro, em Brasília.
O presidente afirmou em mensagem pelo Twitter nesta segunda-feira (26) que revelará, durante o encontro marcado para às 10h, “a verdade sobre o que os outros querem” com a Amazônia. Ele citou João 8:32, versículo que diz “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
Na pauta da reunião está a discussão sobre o desmatamento e as queimadas que estão atingindo a região. Dos nove estados que compõem a Amazônia Legal, sete tiveram a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) autorizada pelo presidente Jair Bolsonaro, com o emprego das Forças Armadas nas ações de combate às queimadas – Acre, Mato Grosso, Amazonas, Roraima, Rondônia, tocantins e Pará.
Com as autorizações deste domingo, faltam apenas dois Estados da Amazônia Legal receberem reforço das Forças Armadas – Amapá e Maranhão – o que só ocorrerá se houver pedido formal dos governadores.
Carta
Os governadores haviam encaminhado carta ao governo solicitando a reunião e pedindo “imediatas providências” para viabilizar a cooperação das estruturas dos estados e do governo federal no combate a focos de incêndio .
“A proporção das queimadas, a velocidade de alastramento do fogo a dificuldade de acesso às áreas atingidas, bem como a insuficiência de meios – financeiros, humanos e materiais – para combater o fogo, potencializam o tamanho da destruição e gravidade do problema”, aponta o texto.
Fundo Amazônia
Os governadores temem que a suspensão do Fundo Amazônia comprometa projetos a longo prazo e avaliam que podem ser obrigados a negociar individualmente com os países que liberavam os recusos, como Alemanha e Noruega.
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), atribui o aumento das queimadas à pecuária e à atividade madeireira e reitera a importância dos recursos estrangeiros do Fundo Amazônia.
Ele criticou o que chamou de “pirotecnia” com que líderes mundiais têm se manifestado sobre o assunto, como o presidente francês Emmanuel Macron, e aponta que isso pode ter impactos econômicos “significativos”. “Causa uma imagem muito ruim”, alegou. “Há a necessidade de preocupação do governo do estado, do governo federal, mas é uma questão interna do Brasil.”
R7