Bolsonaro ironiza possibilidade de segunda onda da pandemia no Brasil: ‘conversinha’
Após a declaração de que ”tudo agora é pandemia”, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a causar polêmica após minimizar a possibilidade de seu Governo ter que enfrentar uma segunda onda do novo coronavírus. “E agora tem conversinha de segunda onda”, disse.
Em pronunciamento no Palácio do Planalto na manhã desta sexta-feira (13), Bolsonaro novamente voltou a citar que o combate a Covid-19 não deveria afetar o desempenho da economia. De acordo com as palavras do presidente, se houver uma segunda onda, teremos que enfrentar, pois se a economia voltar a registrar prejuízos por conta disso, “seremos um país de miseráveis”.
Para os especialistas no assunto, a fala de Bolsonaro menospreza as 164 mil vítimas do novo coronavírus e os 5,78 milhões de infectados no Brasil.
As declarações foram feitas em meio à possibilidade de uma segunda onda de infecções no Brasil. Atualmente, países da Europa enfrentam o problema com uma grande alta no número de mortes e novos casos. Alguns países europeus, inclusive, já adotaram novas medidas de lockdown para conter a disseminação da doença.
Bolsonaro também aproveitou o seu discurso para voltar a atacar os países que criticam seu governo sobre a alegação de estar acobertando o desmatamento e os incêndios na região da Amazônia. Segundo ele, quem o acusa está trabalhando para tentar tirar a autonomia do Brasil sobre a Amazônia, por conta da região ser rica em biodiversidade.
Recentemente, em uma de suas lives, o presidente voltou a citar que alguns países estariam realizando compra ilegal de madeiras proveniente da Amazônia. No entanto, Bolsonaro evitou citar os países que estariam adotando tais práticas e também não apresentou nenhuma evidência que comprovasse a sua alegação.
Bolsonaro fala em ‘tratamento precoce’ para evitar 2ª onda
Segundo o levantamento do consórcio de imprensa, atualmente o Brasil registra 164.332 vítimas da pandemia de Covid-19. Durante sua live da última quinta-feira, o presidente já havia citado que o “tratamento precoce” com medicamentos como a hidroxicloroquina e invermectina seria suficiente para enfrentar a segunda onda do novo coronavírus.
A alegação do presidente, no entanto, não possui nenhuma base científica.
Bolsonaro confirma a compra de vacinas certificadas
Sem se referir à China, Bolsonaro voltou a dizer que o país que tentar vender vacinas ao Brasil, primeiramente deve usar o imunizante em sua população, mas garantiu que nos próximos meses o seu governo fará a compra de vacinas contra a Covid-19, desde que estas estejam certificadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Por outro lado, Bolsonaro voltou a comentar que durante seu governo a vacina não será obrigatória, apesar de ter sancionado uma medida provisória determinando a imunização compulsória.
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