Bolsonaro diz que multa de 40% sobre FGTS atrapalha geração de empregos
Jair Bolsonaro sinalizou, nesta sexta-feira, que defenderá o fim da multa de 40% sobre o FGTS, paga a trabalhadores em caso de demissão sem justa causa. Para o presidente, a regra é um peso para empregadores. Ele disse, no entanto, que a ideia de acabar com a gratificação ainda está em estudo.
— Essa multa de 40% foi quando Dornelles era ministro do Fernando Henrique Cardoso. Aumentou a multa para evitar demissão, ok? O que acontece depois disso? O pessoal não emprega mais por causa da multa — afirmou o presidente, após um evento organizado pela igreja Sara Nossa Terra.
Para Bolsonaro, é necessário flexibilizar regras trabalhistas para estimular a contratação no mercado formal.
— Acha que eu estou feliz com 14 milhões de desempregados? Como é que eu vou empregar alguém e o cara vai falar: sabe a dificuldade? Conhece a CLT? Você paga outro salário. É difícil. E, olha só, na guerra comercial do mundo, temos uma das mãos de obra mais caras que existem. Qual é a nossa tendência? Continuarmos vivendo de commodities. Até quando? — disse o presidente.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já disse que pretende mudar as regras do FGTS. A principal medida seria flexibilizar os saques, inclusive de contas ativas, do atual emprego do trabalhador. Havia uma expectativa de que as mudanças fossem anunciadas nesta quinta-feira, durante a cerimônia de 200 dias de governo, mas o plano foi adiado para semana que vem, após preocupações sobre como a liberação de recursos do fundo poderia comprometer o financiamento habitacional. Segundo Bolsonaro, ele também compartilha das preocupações do setor.
— Lógico que eles têm a preocupação deles. Eu também tenho, é parecida com a deles. Não queremos que o projeto pare, afinal de contas o meu pai foi comprar a primeira casa na vida dele quando eu tinha 35 anos de idade — disse o presidente.
Martelo batido na próxima semana
A equipe econômica já propôs ao presidente Jair Bolsonaro o fim da multa de 40% cobrada sobre o saldo do FGTS nos casos de demissão sem justa causa. Segundo interlocutores do governo, a ideia é a preferida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, mas diante da resistência que essa medida poderia enfrentar, também está sobre a mesa a possibilidade de não extinguir a multa, mas mudar sua destinação. Ela não seria paga aos demitidos e sim direcionada a um fundo público ou um programa social. O martelo vai ser batido na próxima semana.
O presidente sinalizou nesta sexta-feira que defenderá o fim da multa de 40% sobre o FGTS. Para Bolsonaro, a regra é um peso para empregadores. Ele disse, no entanto, que a ideia ainda está em estudo.
— Essa multa de 40% foi quando Dornelles era ministro do Fernando Henrique Cardoso. Aumentou a multa para evitar demissão, ok? O que acontece depois disso? O pessoal não emprega mais por causa da multa — afirmou o presidente, após um evento organizado pela igreja Sara Nossa Terra.
Para Bolsonaro, é necessário flexibilizar regras trabalhistas para estimular a contratação no mercado formal.
— Acha que eu estou feliz com 14 milhões de desempregados? Como é que eu vou empregar alguém e o cara vai falar: sabe a dificuldade? Conhece a CLT? Você paga outro salário. É difícil. E, olha só, na guerra comercial do mundo, temos uma das mãos de obra mais caras que existem. Qual é a nossa tendência? Continuarmos vivendo de commodities. Até quando? — disse o presidente.
Reforma tributária
Bolsonaro disse ainda que pretende pedir à equipe econômica que elabore um plano de reforma tributária em que a carga de impostos seja reduzida. Até agora, o time de Paulo Guedes tem sinalizado que o objetivo da reforma será simplificar o sistema, mantendo a atual carga tributária.
— Vamos ter que dar uma sinalização de que a cada ano se reduza a carga tributária. Nem que seja 0,00001%. Ele (Guedes) apresentou superficialmente a proposta dele e vai reapresentá-la. Falou que no início de agosto já está bastante avançada.
Fonte:Extra