Arcebispo de Porto Velho discorda de relaxamento da quarentena e não vai abrir igrejas
Diferente do que exigiram as igrejas evangélicas ao governador do Estado, Marcos Rocha, a Arquidiocese de Porto Velho decidiu não abrir as igrejas no Município por conta do avanço do Coronavírus em Rondônia. A decisão foi encaminhada à comunidade católica pelo arcebispo D. Roque Paloschi
O governante rondoniense é evangélico, assim como o secretário da Saúde, Fernando Máximo e no último dia 21 se reuniram representantes de 3500 evangélicas, que exigiram o retorno dos cultos. Ficou acertado que Fernando Máximo iria coordenar estudo técnico para verificar a possibilidade de abertura das igrejas. Cinco dias o governador Marcos Rocha assinou o decreto 24.979, prevendo a abertura dos templos a partir do próximo sábado (2).
A Igreja Católica não concordou com a abertura e anunciou que precisa de segurança para não colocar fiéis em risco. Disse ainda, em documento encaminhada à sua comunidade, que o Governo deve priorizar esforços para assegurar a vida de trabalhadores que atuam no combate à doença. “A grave situação pela qual passam diversas cidades do país, cujos sistemas de saúde já dão sinais de colapso, acarretando grande sofrimento a pacientes, familiares e profissionais da saúde, desaconselha, de modo incontestável, o relaxamento de medidas de distanciamento social no estado de Rondônia. Não há clareza quanto à abrangência e suficiência do conjunto de recursos e medidas com os quais o poder público pretende enfrentar eventual piora do quadro da pandemia no estado”.
O arcebispo foi mais além, ao exigir a participação da sociedade nas discussões sobre relaxamento. “Dada a abrangência da crise sanitária em curso, com desdobramentos sociais e econômicos, entendemos que é de suma importância que o poder público assegure a participação da sociedade civil organizada na tomada de decisões e observe critérios técnico-científicos no enfrentamento da pandemia do novo Coronavírus”.
Fonte:Rondoniagora