Após greve, ‘prévia do PIB’ tem queda de 3,34 % em maio, indica Banco Central
A atividade em maio foi bastante prejudicada pela paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil.
Após subir 0,50% em abril (dado já revisado), a economia brasileira registrou forte retração em maio de 2018, em função da greve dos caminhoneiros. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve baixa de 3,34% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, informou nesta segunda-feira, 16, a instituição.
O índice de atividade calculado pelo BC passou de 138,01 pontos para 133,40 pontos na série dessazonalizada de abril para maio. Este é o menor patamar para o IBC-Br com ajuste desde dezembro de 2016 (132,87 pontos). A atividade em maio foi bastante prejudicada pela paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil, verificada nas últimas semanas do mês.
A baixa do IBC-Br ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam resultado entre -5,70% e -2,10% (mediana em -3,40%).
Na comparação entre os meses de maio de 2018 e maio de 2017, houve baixa de 2,90% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 132,82 pontos em maio, ante 136,78 pontos de maio do ano passado.
O indicador de maio de 2018 ante o mesmo mês de 2017 mostrou desempenho próximo do apontado pela mediana (-3,00%) das previsões de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast (-3,80% a -1,41% de intervalo). O patamar de 132,82 pontos é o pior para meses de maio desde 2009 (124,41 pontos).
Índice acumulado
O IBC-Br acumulou alta de 0,73% em 2018 até maio, informou o Banco Central. O porcentual diz respeito à série sem ajustes sazonais. Pela mesma série, o IBC-Br apresenta alta de 1,13% nos 12 meses encerrados em maio.
Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A previsão atual do BC para a atividade doméstica em 2018 é de avanço de 1,6%. O porcentual, informado pelo BC no fim de junho, é o mesmo considerado pelo Ministério da Fazenda.
Fonte:Estadão