Sua Radio Online Clique AquiAnálise: Lorran põe jogo debaixo do braço e alivia Flamengo na vitória contra o Corinthians
Raça, disposição e futebol. O Flamengo uniu trio quase imbatível quando se tem qualidade envolvida. Fosse carrinho de dois metros de Allan, recuperação em contra-ataque, ralando no chão, de Ayrton Lucas. Numa dobra de marcação de Gerson. Era o básico para ser mais do que competitivo.
O diferencial, porém, vestia a 19 e tem dois anos a menos do que o número da camisa que usa. Lorran foi dono absoluto do jogo na vitória rubro-negra por 2 a 0 em cima do Corinthians, no Maracanã.
O primeiro gol foi marcado por Pedro em lindo passe de Lorran. O segundo foi do jovem jogador rubro-negro, titular pela segunda vez no time profissional – e pela primeira vez como meia-atacante logo atrás do centroavante, a função que mais gosta de atuar.
A vitória é um respiro. Tite vive no Flamengo condição semelhante ao que vivia na Seleção. Perder ou empatar? Crise. Ganhar de pouco – a depender do adversário? Se não é crise, quase isso. Quem pagou o preço de uma sequência de seis jogos com três derrotas, dois empates e apenas uma vitória foi justamente o Corinthians, clube onde Tite foi ídolo e campeão do mundo.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2024/e/Q/ImPaLpSqAvVf8xgHCItg/1-1-.jpg)
Lorran deixa marcar no chão em lance de Flamengo e Corinthians — Foto: André Durão
Aos 17 anos, Lorran aliviou a semana de pressão do Ninho, com cobranças e protestos. Escalado na função de Arrascaeta, com a companhia luxuosa de Nico De La Cruz e boa partida também de Everton Cebolinha, o jovem meio-campista foi o melhor em campo. Forte, objetivo e com boa visão de jogo, desequilibrou as ações numa primeira etapa em que o Flamengo sofreu pouco – nos minutos iniciais e nos finais com algumas chegadas dos corintianos.
O passe para o bonito gol de Pedro – o 16º dele na temporada – saiu entre as pernas do marcador corintiano. O toque deixou o atacante em condições de tirar a tensão rubro-negra com 19 minutos de partida. Os quase 60 mil rubro-negros, que começaram a tarde com cânticos contra a diretoria e vaias a Tite e até contra Gerson, vibraram.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2024/4/h/2VIYoxQZecCOYpf88DPA/23.jpg)
Pedro dribla Cacá antes de marcar gol do Flamengo — Foto: André Durão
Gabigol no lugar de Pedro
Se na primeira etapa, o Flamengo poderia ter ampliado o placar – Lorran mesmo perdeu chance e Ayrton Lucas carimbou a trave de Carlos Miguel -, o segundo tempo teve um Corinthians um pouco mais perigoso – depois da entrada de Yuri Alberto no lugar do veterano Paulinho. Em cobrança de falta pela direita, Rossi salvou o Flamengo em dois lances. Um deles, à queima roupa, em chute de Cacá.
O defensor corintiano, depois, ainda perdeu a bola que daria o segundo gol ao Flamengo. Lorran foi esperto, passou para Gerson e recebeu de volta para deslocar Carlos Miguel nos 2 a 0. No fim do jogo, parte da torcida ainda pediu pelo ídolo Arrascaeta. Depois de trocar Pedro por Gabigol, que não foi bem, Tite ainda fez mais três mudanças e nada de Arrascaeta. Não fez falta. Lorran saiu aos 41 do segundo tempo com o jogo que colocou debaixo do braço resolvido.
ge
