Em busca de recursos, Cruzeiro tenta desbloqueio judicial de parte do valor da venda de Arrascaeta
O Cruzeiro está em busca de recursos para conseguir cumprir compromissos, como o pagamento de salários atrasados e ordens de pagamento que começam a vencer na Fifa em maio e dar dor de cabeça ao clube. Uma das alternativas da diretoria é conseguir o desbloqueio judicial de valores da venda do meia Arrascaeta ao Flamengo, no início do ano passado, em negociação que alcançou mais de R$ 50 milhões.
O Cruzeiro contabiliza que existem R$ 10.642.500,00 judicializados por cobranças da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional em relação a valores não pagos de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica. Movimentações foram feitas no final da última semana no processo que corre no Tribunal Regional Federal, e o Cruzeiro está confiante em conseguir o desbloqueio, acreditando ter grandes chances.
O valor contabilizado em bloqueio é exatamente o que deveria ser recebido, tanto na segunda, como na terceira parcela da venda de Arrascaeta para o Flamengo – vencidas e pagas pelo Rubro-Negro no meio e no fim do ano. Entretanto, a integralidade da segunda parcela e 80% da terceira foram depositadas em juízo.
A Fazenda Nacional conseguiu definitivamente, em 9 de outubro do ano passado, a integralidade da segunda parcela do pagamento do Flamengo pela compra de Arrascaeta (R$ 10,6 milhões arredondados), assim como a ordem para que parte da terceira parcela (R$ 8 milhões de R$ 10 milhões) também fosse depositada em juízo. Sobraram pouco mais de R$ 2 milhões ao Cruzeiro.
O clube, no ato da venda, levou R$ 29.799.000,00, sendo que pequena parte da primeira parcela também chegou a ser bloqueada na Justiça por causa de uma dívida do clube com o empresário do lateral Bryan, Giuliano Bertolucci. Seis dias depois da venda, R$ 1.901.612,26 milhões ficaram “presos” na Justiça. Ao todo, a venda foi de R$ 51.084.000,00.
Se o Cruzeiro conseguir desbloquear, o valor conseguiria pagar os atrasados com os jogadores e funcionários e também a folha salarial de maio, que corre o risco de não ser paga por causa da falta de recursos devido à queda de receitas por causa da pandemia. O dinheiro também poderia ser utilizado para cumprimento de ordens de pagamento na Fifa, que têm prazos se encerrando neste mês.
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