Após reaproximação, Paulo Prisco comunica que não volta ao Figueirense
Paulo Prisco Paraíso não vai voltar ao Figueirense, ao menos neste momento. Na manhã desta terça-feira, ele divulgou uma nota explicando os motivos da desistência. O ex-presidente se reaproximou do clube após a rescisão com a empresa Elephant, em setembro do ano passado. Apesar das várias reuniões com a diretoria, não houve acordo para que ele pudesse colaborar novamente com o clube.
O atual presidente Francisco de Assis Filho chegou a falar que um acordo estava próximo, mas as negociações não evoluíram. O Figueirense é, oficialmente, um clube empresa desde 2017 quando terceirizou o futebol para a Elephant.
Segundo Prisco, um dos motivos para a desistência foi uma “corrente contrária de alguns conselheiros e ex-dirigentes”.
– Não havendo evolução na discussão do contrato e ciente de correntes contrárias de alguns conselheiros e ex-dirigentes que estão auxiliando o presidente Francisco neste momento de transição e tiveram acesso ao teor das ideias que vinham sendo discutidas, o processo de debate envolvendo este grupo e o futuro do Figueirense Futebol Clube acabou sendo inviabilizado – diz parte da nota divulgada por Prisco.
Francisco Assis Filho e Paulo Prisco Paraíso durante encontro no ano passado — Foto: Gustavo Neves/AV
Paulo Prisco Paraíso foi um dos principais dirigentes do Figueirense nos anos 2000. A saída veio no fim de 2009, com direito ao tricampeonato estadual, sete anos na Série A, vice-campeonato da Copa do Brasil e título da Copa São Paulo Futebol Júnior.
Nesta segunda-feira, durante o evento de apresentação do Campeonato Catarinense em Balneário Camboriú, o presidente Francisco de Assis ainda mostrava otimismo com a vinda de Prisco. Ele porém, já ressaltava que alguns motivos de ordem pessoal do ex-mandatário poderiam inviabilizar o negócio.
Confira a nota na íntegra
O grupo de ex-acionistas da Figueirense Participações, capitaneados pelos ex-presidentes do Figueirense Futebol Clube, Paulo Sérgio Gallotti Prisco Paraiso, e Norton Flores Boppré, vem a público externar sua posição com relação a um possível retorno aos quadros institucionais do Clube.
1 – Procurado pelo Presidente do Conselho Deliberativo, Francisco de Assis Filho, em setembro de 2019, este grupo aceitou reunir-se e contribuir, de forma imediata, com sugestões administrativas e indicações de profissionais para composição do departamento de futebol visando auxiliar na recuperação do time na Série B do Campeonato Brasileiro;
2 – Após o encerramento da competição e com o objetivo alcançado de evitar-se um rebaixamento à Série C, o que seria um enorme retrocesso, fomos novamente procurados pelo Presidente Francisco para iniciar um diálogo mais amplo, visando um envolvimento maior na construção de uma estratégia que buscava a recuperação administrativa, financeira e técnica do Clube;
3 – Após diversos encontros, as partes definiram que o primeiro passo seria a assinatura de um contrato que permitisse ao grupo manifestar-se no mercado oficialmente em nome do Clube, além de ter acesso a informações administrativas, contábeis, financeiras e jurídicas, uma vez que as mesmas seriam essenciais para um diagnóstico completo do atual momento da instituição. O referido contrato teria como intuito uma consultoria à presidência do Figueirense Futebol Clube não somente na âmbito esportivo, mas também na gestão dos ativos e passivos, sem exclusividade, com um período estipulado de 01 (um) ano, além de ter a opção de rescisão, por ambas as partes, através de notificação simples com aviso prévio de 30 (trinta) dias;
4 – Posteriormente ao diagnóstico, o objetivo seria a apresentação de um plano de negócios para o Clube, a ser analisado e validado pelo Conselho Deliberativo, e a proposição de soluções estratégicas e administrativas, tendo como possibilidade a participação de membros deste grupo na gestão, algo que também seria discutido no âmbito do Conselho Deliberativo;
5 – Não havendo evolução na discussão do contrato e ciente de correntes contrárias de alguns conselheiros e ex-dirigentes que estão auxiliando o presidente Francisco neste momento de transição e tiveram acesso ao teor das ideias que vinham sendo discutidas, o processo de debate envolvendo este grupo e o futuro do Figueirense Futebol Clube acabou sendo inviabilizado.
6 – Gostaríamos de publicamente agradecer ao Presidente do Conselho Deliberativo, Francisco de Assis Filho, pela maneira cordial com a qual conduziu nossos contatos, e aproveitamos para desejar sucesso aos poderes constituídos do Clube neste importante momento de sua quase centenária história. Por fim, deixamos um agradecimento especial à grande nação alvinegra, que nos últimos dias manifestou-se incansavelmente e positivamente em relação aos integrantes deste grupo.
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