Rondônia comemora 38 anos de instalação
Rondônia foi o 23º Estado brasileiro, instalado em 4 de janeiro de 1982, através de decreto assinado pelo então presidente da República, general (EB) João Baptista de Oliveira Figueiredo. Na mesma data foi nomeado e empossado o primeiro governador, o coronel do Exército Jorge Teixeira de Oliveira, e sua equipe de secretários. O momento solene dava início a uma nova fase na história do antes Território Federal de Rondônia. Neste sábado (4), completa 38 anos de instalação.
O atual governador de Rondônia é o coronel (PM) Marcos José Rocha dos Santos (PSL), com mandato até 31 de dezembro de 2022.
Vocação agrícola
Atualmente o Estado desponta como um dos mais progressistas da região Norte do Brasil. Tornou um grande celeiro na produção de alimentos, principalmente: gado, leite, café, soja, arroz, milho e diversos outros produtos. Desde a era da colonização, Rondônia segue sua trajetória agrícola com amplo espaço territorial destinado à produção. Foi pioneiro na implantação de zoneamento socioeconomico, aliando produção com preservação ambiental.
Outros fatores econômicos
Rico em minérios, possui grandes jazidas que vão do ouro ao calcário. Também é grande produtor nacional de energia hidrelétrica, com as grandes usinas instaladas no rio Madeira.
A economia recebe reforço das diversas indústrias de segmentos variados, com destaques para os frigoríficos, laticínios e madeireiras. O comércio de bens e serviços também ajuda no aquecimento econômico e geração de empregos.
Geografia
O Estado possui 52 municípios e ocupa uma área de 247 590,547 km², equivalente ao território da Romênia e quase cinco vezes maior que a Croácia. Sua capital e município mais populoso é Porto Velho, banhada pelo rio Madeira. Além desta, há outras cidades importantes como Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal, Guajará-Mirim, Jaru, Rolim de Moura e Vilhena.
É o terceiro Estado mais populoso da Região Norte, com seus 1.757.589 habitantes, segundo estimativa do IBGE de 2018, sendo superado apenas pelo Pará e Amazonas. No entanto, segundo a estimativa do IBGE, apenas três de seus municípios possuíam em 2016, população acima de 100 mil habitantes: Porto Velho, a capital e sua maior cidade, com 511,219 habitantes, Ji-Paraná, com 131 560 habitantes, Ariquemes, com 105 896 habitantes.
A população rondoniense é uma das mais diversificadas do Brasil, composta de migrantes vindos de todas as regiões do país, dentre os quais destacam-se os paranaenses, paulistas, paranaenses e mineiros seguidos por gaúchos, capixabas, baianos, matogrossenses e sergipanos, além de cearenses, maranhenses, amazonenses e acrianos, que fixaram-se na capital, preservando-se ainda os fortes traços amazônicos da população nativa nas cidades banhadas por grandes rios, sobretudo em Porto Velho e Guajará-Mirim, as duas cidades mais antigas do estado.
O relevo é suavemente ondulado; 94% do território encontra-se entre as altitudes de 100 e 600 metros. Madeira, Ji-Paraná, Guaporé e Mamoré são os rios principais. O clima é equatorial e a economia é baseada na pecuária e na agricultura (café, cacau, arroz, mandioca, milho) e no extrativismo da madeira, de minérios e da borracha.
Colonização
É o único Estado brasileiro cujo nome homenageia uma figura histórica nacional, no caso, o Marechal Rondon (1865-1958), que desbravou o norte do país em meados dos anos 1900, inclusive a região que hoje leva o nome dele.
De acordo com texto do historiador Alexis Palitot, com a abertura da BR-364, entre 1960 e 166, a rodovia de acesso ao então Território Federal de Rondônia, construída por iniciativa do presidente Juscelino Kubistchek, passa a influir de modo decisivo no processo de colonização regional. Ao longo de seu percurso entre Cuiabá-MT e Porto Velho-RO, passaram a se desenvolver os poucos vilarejos que haviam surgidos com os seringueiros, entre eles Vila de Rondônia (atual cidade de Ji-Paraná) onde se instalou a colonizadora Calama e deu-se início à colonização de terras rurais nas proximidades. Próximo a Pimenta Bueno instalou-se a colonizadora Itaporanga e iniciou a colonização na região de Espigão do Oeste.
Neste período, iniciava-se também a grilagem ou invasão de áreas de terras da União e de fazenda de seringalistas, casionando várias mortes com os conflitos entre pistoleiros e posseiros.
Diário da amazônia