CAMINHONEIROS DIVIDIDOS – Parte da categoria defende paralisação na quarta (04)
O Sindicam Goiás providenciou a estrutura para os protestos. Mas o presidente da entidade, Vanderly Caetano, disse à Revista Carga Pesada, por telefone: “Parede que não estão querendo parar. O sindicato está na retaguarda. Se quiserem (fazer os protestos) terão estrutura”, afirma.
Já em Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana de Recife (PE), o pessoal está mais animado. E garante que a categoria vai para “o tudo ou nada” na quarta-feira, segundo o líder Marconi França. “Estamos fazendo trabalho de divulgação, panfletagem. Na quarta-feira tudo vai parar, a não ser que o governo atenda nossas reivindicações”, disse França à reportagem. No vídeo, ele é o de chapéu, com camisa do Sport Club do Recife.
RECUO ESTRATÉGICO
Carlos Alberto Dhamer, o Litti, do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Ijuí (Sindijuí), é contra qualquer paralisação agora. Ele considera que, sem o julgamento pelo Supremo, os protestos perderam o sentido e a categoria precisa fazer um recuo estratégico. “O adiamento provocou uma indignação muito grande em todo o País. E mostrou que a categoria não abre mão do piso mínimo”, diz Litti.
Ele acredita que os caminhoneiros devem permanecer vigilantes e aguardar os próximos acontecimentos. E alega que, nos últimos dias, apareceram “outras bandeiras políticas e ideológicas” de pessoas que querem usar a categoria como “massa de manobra”.
Carlos Roberto Dellarosa, do Sindicam de Londrina, concorda com Litti. Para ele, não é hora de realizar as paralisações. “Estamos vendo com os colegas que atitude tomar em nível nacional.”
Outro contrário à paralisação é o presidente do Sindicam de São Paulo, Norival de Almeida Silva. Ele defende a continuação das negociações com o governo. “Temos algumas coisas sendo encaminhadas, como um compromisso dos embarcadores de definirem uma cota de contratação direta de autônomos e a implantação do DTE (Documento de Transporte Eletrônico)”, conta.
Orondoniense