Goleiro Bruno negocia com três clubes para voltar a jogar futebol
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O goleiro Bruno Fernandes negocia com três clubes de futebol para voltar aos gramados ainda em 2019. Segundo a defesa do atleta, a expectativa é de que o contrato com um deles seja assinado nas próximas semanas.
No dia 13 de agosto, a diretoria do Poços de Caldas Futebol Clube anunciou que é um dos times que tentam levar o goleiro Bruno para o elenco. De acordo com a advogada Mariana Maglirioni, por questões de contrato, os nomes dos possíveis contratantes não podem ser revelados.
— Para que o contrato possa ser fechado, nós ainda aguardamos os trâmites da Justiça para liberação do trabalho.
Conforme apurado pelo R7, o Athletic Club, de São João Del-Rei, a 183 km de Belo Horizonte, foi procurado para receber o atleta, mas de acordo com o gerente de futebol Fábio Campos, as negociações não seguiram.
Condenado a 20 anos e noves meses de detenção pela morte da modelo Eliza Samudio, em 2010, o ex-goleiro do Flamengo vive em Varginha, cidade do Sul de Minas Gerais, que fica a 320 km de Belo Horizonte. Durante dois meses que ficou solto graças a um habeas corpus em 2017, o atleta jogou pelo Boa Esporte, na disputa pelo módulo 2 do Campeonato Mineiro.
Soltura
O jogador que se prepara para voltar aos gramados conseguiu progressão para o regime semiaberto e deixou a prisão no último dia 19 de julho, após nove anos detenção.
De acordo com a legislação, em outubro de 2018 o esportista já poderia ter conseguido o benefício. Contudo, uma semana após a defesa entrar com o pedido no Justiça, ele foi penalizado com uma falta grave em função de uma reportagem divulgada por uma emissora local.
A matéria mostrava o jogador em um vídeo supostamente em um encontro com mulheres, em um bar de uma associação esportiva que fica no mesmo terreno do local onde ele trabalhava durante o cumprimento de pena. A reportagem também mostrava supostas trocas de mensagens do goleiro, por meio de aplicativo de celular, para marcar os encontros.
Nove meses depois, em julho deste ano, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais considerou que a reportagem não comprovava falta grave do jogador e determinou a retirada da penalização.
Em seu voto, o desembargador Corrêa Camargo destacou que “houve sequer perícia para atestar se de fato as mensagens” foram enviadas pelo jogador. O magistrado ainda classificou a reportagem como “sensacionalista e unilateral” e defendeu que usar o material “como prova hábil a ensejar o reconhecimento de falta grave ao agravante, contribuiria – e muito – para o descrédito do Poder Judiciário.
R7