Opinião Jogo Aberto – 22 de Julho de 2019
Nesta segunda-feira (22), depois de umas pequenas férias, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro – que foi o grande juiz da Lava Jato –, está voltando. Ele precisava de um descanso e foi para os Estados Unidos com a família.
A licença dele esgotou e está voltando hoje sem precisar temer nenhum processo depois da divulgação daquelas escutas criminosas. Nem ele, nem Deltan Dallagnol, porque a Constituição no artigo 5.º dos “Direitos e garantias individuais” diz no inciso 56: “São inadmissíveis no processo provas obtidas por meios ilícitos”.
O ex-advogado-geral da União do governo Temer, o então ministro Fábio Medina Osório, lembrou que as informações do The Intercept são inúteis para efeitos de processo. Mas essas informações não são inúteis para responsabilizar os invasores e seus parceiros. É bom a gente lembrar disso.
Na terça-feira (23) o IBGE vai divulgar a previsão da inflação de julho pelo IPCA 15. Em junho foi de 0,06%, a mais baixa para o mês nos últimos 13 anos. Sorte nossa que a inflação esteja muito baixa porque senão a gente poderia falar de estagflação, que é quando a economia cresce pouco e a inflação fica alta. Mas não, a inflação está lá embaixo e há uma perspectiva muito boa de crescimento econômico. Exemplos disso são: o barateamento do gás, com a possibilidade de comprar direito do distribuidor; a privatização de gasodutos, inclusive o do gás da Bolívia; e o estímulo à economia com a liberação de 35% das contas ativas do Fundo de Garantia.
Não se preocupe, a construção civil, porque os fundos de Previdência abertos e fechados têm R$ 2 trilhões e há uma resolução do conselho monetário que permite o financiamento da construção civil, ou seja, da casa própria. Tem mais acordos bilaterais com o Mercosul, Coreia do Sul e Canadá; tem a simplificação tributária; tem mais liberdade na economia; e pode haver mais um ciclo de flexibilização das leis trabalhistas, inclusive com a desoneração da folha de pagamento para facilitar o emprego. O que pode levar a um crescimento sustentado pela iniciativa privada. Esse é o ideal. Foi falado que o deputado Eduardo Bolsonaro não poderia abandonar seus 1,84 milhão de eleitores e nem a CPI do Foro de São Paulo.
Ele respondeu dizendo que a CPI do Foro de São Paulo é muito importante, mas está difícil conseguir as assinaturas – já foi difícil conseguir assinaturas para a CPI da UNE. Contudo, disse também que, dos Estados Unidos, vai acompanhar a atuação do Brasil não só como embaixador, mas também na ONU e na Organização dos Estados Americanos que tem sede em Washington.
Analisemos então, como Eduardo é amigo do Trump, se ele passar a frequentar a proximidade do presidente americano, já vai ser um grande ganho na relação Brasil-EUA. Afinal, é a potência mais forte do mundo e também a maior economia do mundo.”
Por Marco Aurélio