Opinião Jogo Aberto – 11 de Julho de 2019
Não tem saída: é uma questão prática.
Reforma da Previdência na pauta. Eu fico lembrando dos tempos de Temer em que estava dando tudo certo e aí chamaram o Joesley.
Será que não chamaram o tal do The Intercept exatamente para ver se não dava certo a reforma da Previdência, as outras reformas e a Lava Jato principalmente?
Só que não está dando… O apoio popular ao ex-juiz Sergio Moro e a reforma da Previdência são visíveis nas ruas. Não podemos mais acreditar nessas pesquisas de opinião porque depois do que a gente viu nas eleições temos que ficar com o pé atrás. A gente vê que os partidos estão quase unânimes.
O PT e o Psol contra; o PSL, o PSDB, o DEM, o MDB e outros partidos votaram para reformar realmente a Previdência. Alguns partidos se dividiram, como o PDT e o PSB. Mas não tem saída: é uma questão prática. Há uma presença muito grande de deputados, isso é louvável. Há um trabalho muito grande do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que é louvável também.
Em cima da proposta do presidente Bolsonaro de mudar a Previdência para que ela consiga sobreviver e existir em um momento em que as pessoas estão vivendo mais e tem mais recursos médicos para trabalhar por mais tempo. Senão a conta não vai fechar: tem cada vez mais aposentado e cada vez menos gente contribuindo para Previdência.
A inflação de junho foi de 0,01%. Uma coisa incrível. Isso aconteceu graças aos transportes e à alimentação que seguraram a inflação. Neste ano, o total no semestre fechou com 2,23%. Se eu pensar que há alguns anos a inflação era de 84% ao mês, e agora em seis meses é de 2,23% é uma grande conquista. O Banco Central já até pode cortar a Selic que é a taxa básica de juros, talvez ela caia para 5,5% ou para 5,0% ao ano. A outra boa notícia é que foi aprovado na Comissão de Assuntos Sociais, no Senado, um projeto de lei que obriga fazer uma avaliação periódica do desempenho do funcionário público – ou melhor dizendo, o funcionário do público.
O projeto prevê a avaliação da produtividade, a frequência, a assiduidade e a competência. Com isso, vão ser demitidos os que não servem para servir o público. O projeto já vai para plenário com carimbo de urgente. Duas reformas tributárias estão sendo tratadas nesse momento. Elas são mais ou menos parecidas.
A de Paulo Guedes, que está na Câmara já formando Comissão para tocar para frente, e a do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), que os senadores assinaram. Ambas falam de imposto único, o IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que pacifica – com algumas alíquotas diferenciadas – a famosa guerra fiscal que atrapalha o sistema tributário, porque os estados querem o melhor para si.
Os estados e os municípios estão quebrados – não todos, graças a bons administradores. Mas, enfim, essas reformas vêm no momento em que se pede socorro a um país que, depois do governo Dilma, estava com 12 milhões de desempregados. Está na hora de estimular isso.”
Por Marco Aurélio