Tinha 30 anos e dizia 27. Ia fazendo anos e continuava a dizer isso”
Anabela Moreira foi um dos rostos conhecidos que marcou presença na apresentação do novo sérum da Artistry, que decorreu na passada terça-feira, em Lisboa.
Mergulhada no universo da estética e da beleza, a atriz conversou com o Fama Ao Minuto sobre as preocupações com a imagem e revelou-nos que durante uma fase teve sérias dificuldades em lidar com o envelhecimento.
É vaidosa?
Gostava de ser mais. Se me encontrarem de saltos altos e maquilhagem é porque devo ir para algum evento. Tenho os meus cuidados de rotina de manhã e à noite, isso não falho, mas para sair de casa é o básico.
Essas rotinas adotou-as porque a profissão assim o exigiu ou sempre teve esse cuidado?
Por volta dos 17 anos comecei a ter muito acne e fui a um dermatologista que me receitou uma série de coisas. Lembro-me que receitou uma base que tratava também a oleosidade da pele e depois foi uma bola de neve. Ficava muito branca com aquela base em pó, comecei a comprar um blush, depois os olhos parece que desapareciam e comprei máscara de pestanas. As rotinas de maquilhagem começaram com esse produto. E foi por causa das borbulhas também que comecei a ter cuidado de limpar muito bem a pele e pôr hidratante. Depois é como tudo na vida, quando não fazes sentes falta.
Há uma preocupação rigorosa na escolha dos produtos?
Há, sou exigente. Tenho amigas que investem mais em roupa, sapatos ou malas, eu prefiro investir em cremes e mesmo os produtos de maquilhagem gosto que tenham tratamento. Já que os estou a colocar, que eles contribuam para a pele estar hidratada e luminosa. Mas também existem cremes muito baratos, como o caso do creme NIVEA, que já me aconteceu estar no meio de uma aldeia e esquecer-me do necessaire, ir a um supermercado comprar um boião e funciona muito bem. A escolha criteriosa tem a ver com o facto de aprender que há marcas que são boas para ti e que a tua pele reage bem. Todos os meses invisto algum dinheiro para ter as minhas rotinas de beleza.
O envelhecimento preocupa-a ou é uma questão que abraça com naturalidade?
Preocupou-me quando fiz 30 anos. Demorei dois anos a resolver isso dentro de mim. Lembro que durante algum tempo, para não dizer que tinha 30 anos nos castings, dizia que 27 e então ia fazendo anos e continuava a dizer isso. Houve um dia que um amigo meu me perguntou a idade e, em vez de dizer que tinha 32, disse que tinha 27. Foi aí que pensei: ‘Meu Deus, acabei de mentir. Não quero ser uma dessas pessoas que têm 60 anos e dizem que têm 40’. O envelhecimento não me preocupa porque hoje sinto-me melhor do que me sentia com 20 anos. Não trocava os meus… Não posso dizer a idade porque tenho uma irmã gémea. Às vezes penso que deve ser maravilhoso chegar aos 80 e tal anos e não estar preocupada com dietas nem com nada e poder simplesmente usufruir da vida.
Tendo uma irmã gémea, na adolescência partilhavam as mesmas roupas?
Não porque a minha irmã nunca gostou de partilhar as coisas dela. Às vezes acontecia, porque sou muito distraída, ela chegar a casa e ver-me com roupa dela, e obrigava-me a tirar. Podia estar a sair com pressa e ela obrigava-me a tirar. Mas entendo, é quase uma questão de identidade. Partilhávamos era dicas, a minha irmã sempre gostou muito de ir às compras comigo.
Ainda hoje isso se mantém?
Ainda hoje, sim. Ela consegue dar a volta a uma loja e traz coisas espetaculares. Eu dou a mesma volta – muito rapidamente, confesso – e não consigo encontrar o que ela encontra. Houve uma altura que nos distinguíamos muito bem porque eu escolhia peças muito extravagantes, mas depois nada dava com nada. Era tudo muito extravagante e a Margarida é que me ensinou a escolher os básicos. Entusasma-me tudo o que é fora da caixa.
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