Eliminação na Libertadores esquenta disputa política no Palmeiras
O adeus à Copa Libertadores levará o Palmeiras a se preocupar mais com outra disputa. O clima de eleição para presidente do clube – marcada para o próximo dia 24 – começa a se intensificar, movido também pelo tropeço mais recente do time. A eliminação diante do Boca Juniors na última quarta-feira acabou por virar munição para críticas contra a atual gestão.
A queda diante do Boca Juniors acabou por virar mais um ingrediente dessa disputa. Membros da oposição pretendem questionar Galiotte sobre o resultado. Conselheiros ouvidos pelo jornal O Estado de S.Paulo avaliam que mesmo após anos seguidos de investimentos elevados e contratações de peso, a equipe demonstra deficiência no planejamento do elenco e falha nas horas decisivas.
Os opositores de Galiotte fizeram as mesmas reclamações em ocasiões anteriores, como depois do vice no Campeonato Paulista deste ano. Os apoiadores do presidente defendem a gestão, principalmente pelos resultados financeiros, como o superávit de R$ 57 milhões no último ano.
Galiotte está no cargo desde o começo de 2017, quando sucedeu Paulo Nobre. A chapa de oposição acabou formada por antigos vices do atual presidente, que romperam o apoio. Genaro era um deles e conta agora com os três outros colegas que formavam a gestão, mas mudaram de posição: Antonino Jesse Ribeiro, José Carlos Tomaselli e Victor Fruges.
ALIADOS – O panorama eleitoral do Palmeiras tem figuras marcantes como apoiadores dos candidatos. Galiotte conta com a empresária Leila Pereira, proprietária da Crefisa, como grande aliada. Genaro tem ao lado os ex-presidentes Paulo Nobre e Mustafá Contursi, que no passado já estiveram juntos com Galiotte.
A disputa eleitoral teve prévias no clube com votações no Conselho Deliberativo. Na mais disputada delas, o atual presidente conseguiu aprovar a mudança no estatuto sobre o tempo de mandato. Quem ganhar a eleição será empossado para três anos de gestão – o mandato anterior era de dois.
Galiotte conseguiu no órgão outra vitória em agosto em uma votação sobre a alteração do contrato com a Crefisa. Os aditivos foram aprovados por 80% dos presentes. As mudanças no acordo com a empresa foram levadas à apreciação após terem sido seguidamente reprovadas nas reuniões mensais do órgão fiscal do clube. As negativas representam uma forma de perseguição política, segundo aliados do atual presidente. Com informações do Estadão Conteúdo.
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