Milho: Após três quedas consecutivas, mercado esboça reação e testa leves ganhos na manhã desta 5ª na CBOT
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta quinta-feira (1) com leves altas. Às 8h23 (horário de Brasília), os principais vencimentos da commodity exibiam ganhos entre 0,75 e 1,25 pontos. O contrato dezembro/18 era cotado a US$ 3,64 por bushel, enquanto o março/19 trabalhava a US$ 3,76 por bushel.
As agências internacionais reforçam que as cotações do cereal esboçam uma tímida reação após recuar por três pregões consecutivos. No quadro fundamental, as atenções dos investidores permanecem voltadas ao andamento da colheita da safra nos EUA, uma vez que as previsões têm indicado um clima mais favorável no país.
Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta seu boletim semanal de vendas para exportação. O número é um importante indicador de demanda e pode influenciar o andamento das negociações.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho recua pelo 3º dia consecutivo em Chicago de olho na colheita nos EUA e com influência do trigo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho recuaram pelo terceiro dia consecutivo. As principais posições da commodity mantiveram a movimentação negativa ao longo da sessão e encerraram a quarta-feira (31) com perdas entre 1,25 e 1,50 pontos, uma desvalorização entre 0,32% e 0,41%.
O vencimento dezembro/18 era cotado a US$ 3,63 por bushel, enquanto o março/19 operava a US$ 3,75 por bushel. O maio/19 trabalhava a US$ 3,83 por bushel e o julho/19 fechou o dia a US$ 3,89 por bushel.
As agências internacionais destacam que as atenções dos investidores estão voltadas ao comportamento do clima no Meio-Oeste americano. As previsões voltaram a indicar tempo favorável ao andamento da colheita do cereal no país.
Até o início dessa semana, cerca de 63% da área cultivada nesta temporada já havia sido colhida, conforme levantamento realizado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os dados serão atualizados na próxima segunda-feira.
Além disso, os participantes do mercado também já se posicionam frente ao novo relatório de oferta e demanda do USDA. O boletim será reportado na próxima quinta-feira (8).
“Agora as pessoas estão apenas tomando uma atitude de esperar para ver”, disse Jim Gerlach, presidente da corretora A / C Trading, de Indiana em entrevista à Reuters internacional.
Outro fator que também ajudou a pressionar os futuros do milho foi a queda registrada nos preços do trigo. Na CBOT, as cotações do trigo terminaram o dia com perdas entre 1,50 e 2,50 pontos.
Mercado brasileiro
Enquanto isso, no Brasil as cotações do milho exibiram ligeiras movimentações nesta quarta-feira. Segundo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, o preço caiu 10,53% em Sorriso (MT), com a saca do cereal a R$ 17,00.
Já em Brasília, o recuo ficou em 3,45%, com a saca do milho a R$ 28,00. Na região de Campinas (SP), a perda foi de 2,79% e a saca a R$ 34,47 no fechamento do dia. Em Tangará da Serra (MT), a queda ficou em 2,08%, com a saca a R$ 23,50.
Na contramão desse cenário, a saca de milho subiu 5% em Alto Garças (MT) e encerrou o dia a R$ 21,00. Ainda no estado, a saca do cereal registrou alta de 2,33% em Primavera do Leste e terminou o dia a R$ 22,00. Em Castro (PR), a valorização foi de 1,54%, com a saca do milho a R$ 33,00.
De acordo com informações da Radar Investimentos, as ofertas do grão encurtaram nos últimos dias e houve alguma sinalização de aumento da procura com a virado mês e também com a aproximação do final do ano. Cenário que segue direcionando as negociações.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou a sessão desta quarta-feira com alta de 0,87%, negociado a R$ 3,72 na venda. “Com a formação da taxa Ptax de final de mês, a moeda trabalhou bastante pressionada pela manhã, mas a alta perdeu força à tarde, embora tenha se sustentado até o fechamento sob influência do exterior”, reforçou a Reuters.