Pela primeira vez, Trump associa príncipe saudita a morte de jornalista
A presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou pela primeira vez que o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, pode estar envolvido na operação que levou à morte do jornalista Jamal Khashoggi, em declarações ao jornal Wall Street Journal publicadas nesta quarta-feira (24).
Na véspera, seu governo anunciou a revogação dos vistos de agentes da Arábia Saudita suspeitos de envolvimento no assassinato do jornalista saudita, colaborador do The Washington Post.
Nesta quarta, a primeira-ministra britânica, Theresa May, também se somou às medidas de retaliação, anunciando a suspensão dos vistos dos envolvidos.
Trump afirmou ao jornal que gostaria de acreditar na declaração de Riad de que oficiais foram responsáveis pelo assassinato de Khashoggi durante visita ao consulado saudita em Istambul, mas sugeriu que a responsabilidade está mais acima.
“Bom, o príncipe administra as coisas por lá, ainda mais nesse estágio. Então se alguém for responsável, seria ele.”
Jornais turcos informaram que a chefe da CIA, Gina Haspel, ouviu as gravações de áudio que comprovam o assassinato. Haspel está na Turquia desde a terça para discutir o caso com autoridades turcas.
A mídia turca disse ainda que investigadores solicitaram permissão para averiguar poço no terreno do consulado, mas não está certo se foram autorizados.
MBS
O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, disse nesta quarta-feira (24) que o assassinato do jornalista foi “doloroso” e que a “justiça prevalecerá”.
É a primeira vez que MBS fala sobre a morte de Khashoggi.
Durante um painel de discussão na conferência internacional de negócios que ocorre no reino, o príncipe afirmou que todos os culpados serão punidos e que a Arábia Saudita e a Turquia vão trabalhar juntas para “obter resultados”.
Fonte: noticias ao minuto