Muhammad Ali morre aos 74 anos
Considerado um dos maiores nomes da história do esporte mundial, o ex-pugilista faleceu, neste sábado (04), vítima de graves problemas respiratórios.
Na madrugada deste sábado (04), o mundo perdeu um de seus maiores ícones. Aos 74 anos, o ex-campeão mundial de boxe, Muhammad Ali faleceu, em Phoenix, no Arizona, devido a graves problemas respiratórios, impulsionados pelo Mal de Parkinson que Ali carregava desde os anos 80.
Cassius Marcellus Clay Jr., como foi batizado, nasceu no dia 17 de janeiro de 1942, no estado do Kentucky, nos Estados Unidos. Em 1964, se converteu ao islamismo, mudando o nome para Muhammad Ali, como é mais conhecido até os dias de hoje. Com 100 vitórias, seis prêmios de Golden Glove do estado de Kentucky e dois nacionais e uma medalha de ouro olímpica, conquistada nos Jogos de Roma, a carreira amadora de Ali já era uma prévia do que viria pela frente.
Como profissional, se consagrou não só como um dos maiores nomes da história milenar da nobre arte, mas também como um dos principais nomes da história do esporte mundial, sendo eleito, inclusive, o Esportista do Século, pela revista americana Sports Illustrated, em 1999. Foi campeão mundial dos peso-pesados por três vezes e protagonizou rivalidades históricas contra nomes como Sonny Linston, Joe Frazier e George Foreman.
Como se já não bastassem todos os feitos realizados dentro do ringue, Muhammad Ali ganhou notoriedade também pelo seu ativismo fora dos mesmos. Como ele mesmo gostava de dizer, o boxe foi apenas um meio de apresentá-lo ao mundo.
O próprio nome escolhido pelo atleta carrega o forte espírito de protesto que o mesmo carregava. Nascido Cassius Clay, o pugilista mudou de nome ao ser apresentado à Nação do Islã, grupo religioso fundado em Detroit, e conhecer Malcom X, ativista dos direitos afro-americanos. Ali justificou a mudança afirmando que considerava seu nome de batismo uma herança do passado escravo de sua família.
Em 1967, passou por um dos momentos mais importantes de sua carreira e de sua vida ao recusar-se a participar da Guerra do Vietnã. Como consequência, teve seu título mundial suspenso e foi condenado a cinco anos de prisão, dos quais conseguiu escapar ao recorrer à pena.
“Não tenho problemas com aqueles vietcongues”, declarou na época.
Fato é que, dentro e fora do cage, o legado de Muhammad Ali ficará eternizado na história.