Produção de veículos avança quase 30% no ano
Os dados foram divulgados hoje pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ( Anfavea ).
A produção de veículos segue acelerada. As montadoras instaladas no Brasil fabricaram 1, 74 milhão de unidades de janeiro a outubro deste ano, alta de 28, 5%. No mês passado, o crescimento foi de 42, 2% chegando a 249, 9 mil veículos. Os dados foram divulgados hoje pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ( Anfavea ).
Em vendas, o aumento foi de 9, 3% nos dez meses deste ano, 1,82 milhão de veículos ante 1, 66 milhão no mesmo período do ano passado. O presidente da Anfavea, Antonio Megale, disse que este foi o segundo melhor mês em licenciamentos no ano com 202 mil veículos e o melhor outubro desde 2014.
— A média diária está acima de 9, 5 mil veículos vendidos. Começamos o ano com uma média de 6, 6 mil/dia. Estamos próximo dis 10 mil pir dia. Isso mostra que estamos perto das nossas estimativas de crescimento para o ano, que é de 7% — afirmou Megale.
Em caminhões, i crescimento foi de 46% em outubro, passando de 3, 44 mil unidades em 2016 para 5, 02 mil neste ano. No acumulado, o segmento apresentou uma queda de 4, 5%, com 40, 3 mil unidades. No entanto, Megale ressaltou que i ritmo de queda nos licenciamentos de caminhões está diminuindo. No início do ano, o recuo no acumulado chegava a 40%.
Em exportações, as fabricantes exportaram o recorde de 627, 82 mil veículos de janeiro a outubro, alta de 56, 7%. No mês passado, o aumento foi de 66, 6% chegando a 61, 55 mil unidades.
— Esse aumento de exportação tem gerado um acúmulo muito grande de impostos, principalmente o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e esses créditos acumulados não são reinterados às empresas, especialmente no estado de São Paulo e isso nos preocupa porque interfere na produtividade e competitividade das companhias- afirmou Megale.
Segundo ele, em São Paulo está retido cerca de R$ 6 bilhões de janeiro a outubro.
— O que nos preocupa é que sem uma previsão de devolução desses recursos isso passa a ser contabilizado como custo nos balancos das companhias e nossa competitividade é reduzida. E a consequência disso é o desestimulo das exportações.
O estoque, segundo o dirigente, está equilibrado, com 35 dias de vendas.
— Deverá aumentar o volume de veículos em estoque porque no final do ano há férias coletivas nas empresas. Mas, é um giro normal.
Em emprego, Megale disse que desde julho foram abertas 1.860 vagas nas montadoras instaladas no país e isso melhora o nível de utilização da capacidade instalada.
— Estamos produzindo mais e isso tem feito as empresas a contratar e a trazer novamente os funcionários que estavam em algum tipo de programa de flexibilização da produção- disse o dirigente.
Megale ressaltou que em março de 2016, auge da crise no setor, mais de 38 mil empregados estavam com os contratos de trabalhos suspensos (layoff) ou no Programa Seguro Emprego ( PSE). Em outubro, somente 3.528 funcionários afastados.
Fonte:Extra.com