Que dia é hoje? 4 de novembro! Veja como Diniz usou data da final como motivação no Fluminense
Que dia é hoje? 4 de novembro! A pergunta, tantas vezes feita pelo técnico Fernando Diniz em busca da resposta com a data da final da Conmebol Libertadores, que acontece neste sábado, no Maracanã, virou uma espécie de mantra no dia a dia do Fluminense.
A repetição, algo comum nos treinos de Diniz, passou a ser usada de forma verbal nos últimos meses. Tudo com o objetivo de fazer os jogadores mentalizarem o título – sem esquecer de curtir o processo e viver o momento, algo tão importante na busca pela tão sonhada “Glória Eterna”.
Quando estava iniciando a carreira como treinador, Diniz dividiu as atenções com a faculdade de psicologia. Ele se formou em 2012 e usa o aprendizado como parte do trabalho. Seja com vídeos motivacionais nas preleções ou discursos inflamados antes e durante os jogos, o treinador tenta trabalhar a cabeça para encorajar os jogadores.
Na semifinal, contra o Internacional, no Beira-Rio, quando o Fluminense perdia por 1 a 0 e estava sendo eliminado, o treinador entrou em ação no intervalo. Falou que colocaria Martinelli e John Kennedy em campo e que o Flu iria virar o jogo – o atacante fez um gol e ainda participou da jogada do segundo, marcado por Germán Cano. A equipe se classificou para a final com uma virada por 2 a 1.
Diniz é conhecido pelo público em geral pela personalidade forte, por ser autêntico e viver intensamente os jogos. Pela forma acalorada que fica no gramado durante as partidas e também nas coletivas. Mas, nos bastidores, é um cara por vezes sereno, muito querido e aplicado.
Conhecido também pela lealdade e dedicação. Sempre exigente – mas na tentativa de extrair o melhor de cada um. “Um cara que faz de tudo para que os jogadores aproveitem o ciclo no futebol”, costumam dizer seus jogadores.
Como na visualização mental do “4 de novembro”, em que transporta o jogador para o destino final da Conmebol Libertadores 2023. Mas passando o entendimento e o sentimento de que o melhor foi feito desde o começo, que a final só seria disputada com dedicação máxima nos treinos e no jogos antes da partida mais importante da história do clube.
– Também é um jogo que mexe comigo, mas trabalho muito com isso de ficar vivendo o melhor momento possível no presente. Quando vou para frente, no dia 4, ele tem que ser hoje, não pode ser só lá na frente. Temos que viver o melhor possível hoje. O que tento passar para os jogadores é o que tento trabalhar comigo mesmo: permanecer num estado de “presentificar” a vida, focar no hoje, que é importante e estamos vivos, treinando, comendo e dormindo. Temos que trabalhar dessa forma para chegar na melhor forma possível na final – disse Diniz, em entrevista após a vitória contra o Goiás.
Fluminense e Boca Juniors se enfrentam na final da Conmebol Libertadores neste sábado, às 17h (de Brasília), no Maracanã. A decisão é em partida única e em caso de empate haverá prorrogação. Persistindo a igualdade, a final será decidida nos pênaltis. Quem vencer leva.