Reunião extraordinária da Comissão de Agricultura debate programa Proleite
Encontro ficou prejudicado pelas ausências de técnicos da Emater e dos conselheiros do programa.
O deputado Adelino Follador (DEM) disse que o governo entre seus órgãos precisa de mais ações para movimentar o mercado do leite em Rondônia, através de toda a cadeia produtiva e do programa Proleite. Ele reclamou de que não veio ofício com o saldo do programa e do que foi investido até o momento e quais os programas.
O deputado Marcelino Tenório (PRP) afirmou acreditar que o ofício encaminhado não foi suficientemente claro, pois foi pedida a presença dos conselheiros do programa Proleite, para que exponham o que pensaram em cada projeto.
O parlamentar também disse que os membros da comissão não concordam com o projeto apresentado da forma como se encontra, prevendo contratação externa enquanto se possui a Emater com toda estrutura e capacidade técnica para realizar as capacitações.
“O projeto é mirabolante. Com 40% do valor apresentado se faz com a Emater e o restante sobra e se consegue incrementar a produção do Leite em Rondônia”, afirmou Marcelino, pedindo novo ofício convocando os conselheiros.
Tenório reclamou da falta de praticidade dos projetos, de conhecimento prático, da ponta do sistema de produção. “Participar de um conselho não quer dizer que entenda da prática”, citou. Ele questionou, também, o projeto de distribuição do calcário entre os produtores, porque, segundo ele, “calcário no campo é aumento direto na produção de leite”.
A secretária adjunta da Seagri, Mari Braganhol, disse que alguns valores já foram autorizados e iniciaram os projetos liberados pela Assembleia Legislativa. Ela informou que em um convênio com a Emater no passado não se teve sucesso, tendo devolução inclusive de recursos por não cumprimento de todas as metas.
O deputado Lazinho relatou diversos problemas apresentados no projeto e disse que da forma como está não será aprovado. Ele voltou a insistir na questão do aparelhamento e capacitação da Emater, afirmando que o fundo possui R$ 40 milhões que podem e devem ser corretamente investidos.
Representando a Embrapa, Alaerton Luiz disse que o projeto é muito bom. O que pode ser questionado é a questão da mão de obra, o que, segundo ele, pode ser sanado com entendimento com a Emater. “Mas que em tratativas na elaboração, foi acordado com a Emater esta contratação, pois os técnicos para tocar o projeto devem ser exclusivos”, detalhou.
Diante da ausência de pessoas chaves para os devidos esclarecimentos, ficou encaminhada nova reunião para o próximo dia 2 de agosto, às 14h, no Plenário da Assembleia, com a presença da Emater, Seagri, dos conselheiros e proponentes de projetos dentro do programa Proleite.
Laboratório
Alaerton Luiz esclareceu questões referente ao Laboratório de Leite, construído em área da Embrapa. Ele informou que já estão sendo realizados testes e com mão de obra da Emater, especificando que a alteração da constituição jurídica da empresa atrasou todo o processo.
Ele informou ser preciso aguardar a liberação de recursos do Proleite e apoio da Fapero para certificar o laboratório junto ao Inmetro e Mapa, e pediu apoio, pois a Emater precisa contratar seis técnicos especializados que serão selecionados pela Embrapa.
O deputado Lazinho propôs reunião com o governador, com a presença da Fapero, Embrapa e comissão para tratar da questão.
Fonte:Decom