Copa América de 2019 usará arenas do Mundial e será concentrada no Sudeste
Número de sedes depende da quantidade de participantes, que pode ser 10, 12 ou 16; organização rasga promessas feitas por Ricardo Teixeira em 2011
Copa América de 2019, a ser organizada pelo Brasil, começa a tomar forma. A organização do torneio já decidiu que as partidas serão realizadas nos estádios que abrigaram a Copa do Mundo de 2014. E que as sedes serão concentradas na região Sudeste, para limitar o tempo de deslocamento entre as cidades. O plano da CBF é que nenhuma viagem dure mais de uma hora e meia de voo.
O número de cidades-sede vai depender da quantidade de participantes. Essa decisão será tomada no fim de abril, em reunião do Conselho Conmebol em Santiago, no Chile. Existem três propostas sobre a mesa:
- 10 participantes, os dez países que formam a Conmebol;
- 12 participantes, com dois convidados da Concacaf (provavelmente México e EUA);
- 16 participantes, com seis convidados de outras confederações.
O mais provável é que a segunda opção prevaleça. Caso seja aprovado o formato com 16 participantes, a Conmebol planeja convidar para seleções europeias e asiáticas. Como o GloboEsporte.com revelou, esta será a última edição da Copa América disputada em anos ímpares. A partir de 2020, o torneio será organizado sempre paralelamente à Eurocopa.
Ao escolher os estádios usados no Mundial de 2014, a organização da Copa América de 2019 rasga promessas feitas pelo ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira (1989-2012), de levar a competição para cidades que ficaram sem Copa do Mundo.
Em 2011, Teixeira prometeu a cidades como Belém e Goiânia que elas receberiam partidas da Copa América seguinte, que estava prevista para ser realizada no Brasil em 2015. Em março de 2012, o Brasil acertou uma inversão com o Chile, que seria sede do torneio em 2019. O acordo foi selado entre os então presidentes das confederações de Brasil e Chile, José Maria Marin e Sergio Jadue. Hoje os dois estão presos nos EUA.
Este é mais um revés sofrido pelos locais que ficaram fora da Copa do Mundo. Os 17 Estados que não abrigaram partidas do Mundial deveriam receber um Centro de Treinamento, a ser construído com o dinheiro do “Fundo de Legado da Copa”. Como o GloboEsporte.com revelou em janeiro, o dinheiro (cerca de US$ 100 milhões) está bloqueado e a Fifa não pretende repassá-lo à CBF.
Fonte: globoesporte