VÍDEO: Bolsonaro rebate Wajngarten e diz que comprar vacinas em 2020 seria “irresponsabilidade”

VÍDEO: Bolsonaro rebate Wajngarten e diz que comprar vacinas em 2020 seria “irresponsabilidade”

Em discurso feito nesta sexta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro pareceu rebater as declarações dadas pelo ex-chefe da Secom, Fabio Wajngarten, à Revista Veja na quinta-feira. O mandatário disse que seria irresponsabilidade comprar vacinas contra a Covid-19 em 2020.

“O general Eduardo Pazuello fez o dever de casa lá atrás e não comprou no ano passado, praticamente, porque precisava passar pela Anvisa. Seria uma irresponsabilidade do governo despender recursos para algo que ninguém sabia o que era ainda porque não estava no mercado. Alguns poucos países do mundo começaram a vacinar em dezembro, nós começamos em janeiro”, disse Bolsonaro em evento no Pará.

A fala parece vir como resposta ao que foi dito por Wajngarten em entrevista recente. Em conversa com Policarpo Junior, da Veja, o ex-chefe da Secom comentou sobre os bastidores da compra dos imunizantes da Pfizer. Em 2020, a farmacêutica fez três ofertas ao Brasil, mas o governo não firmou contrato. Bolsonaro chegou, inclusive, a insinuar que a vacina poderia transformar alguém em “jacaré”.

“O presidente sempre disse que compraria todas as vacinas, desde que aprovadas pela Anvisa. Aliás, quando liguei para o CEO da Pfizer, eu estava no gabinete do presidente. […] Se o contrato com a Pfizer tivesse sido assinado em setembro, outubro, as primeiras doses da vacina teriam chegado no fim do ano passado”, declarou.

Ele, então, atribui a não-assinatura a “incompetência e ineficiência”. “Quando você tem um laboratório americano com cinco escritórios de advocacia apoiando uma negociação que envolve cifras milionárias e do outro lado um time pequeno, tímido, sem experiência, é isso que acontece. Estou me referindo à equipe que gerenciava o Ministério da Saúde nesse período”, disse o ex-membro do governo, que evita responsabilizar Pazuello individualmente.

“O presidente Bolsonaro está totalmente eximido de qualquer responsabilidade nesse sentido. Se as coisas não aconteceram, não foi por culpa do Planalto. Ele era abastecido com informações erradas, não sei se por dolo, incompetência ou as duas coisas. Diziam que a pandemia estava em declínio e que o número de mortes diminuiria muito até o fim do ano”, disse ainda.

Assista ao trecho recortado pelo jornalista Sam Pacher, no Metrópoles:


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