Na Serra Catarinense, os hospitais, Centro de Triagem e a UPA 24h ainda estão com dificuldades para comprar medicamentos, principalmente os usados no chamado kit intubação, como os sedativos, por exemplo. Nesta quinta-feira (08), um comunicado sobre a falta de medicação e um possível comprometimento no atendimento foi divulgado pelos orgãos de saúde da região. Na carta eles esclarecem que devido ao alto consumo não há garantias de compras e entregas de medicação.
“A disponibilidade dos medicamentos, em especial propofol, midazolan, fentanil e rocurônio, atingiu o seu limite crítico e, eventualmente, nos próximos dias, poderá ocorrer o comprometimento de atendimento aos pacientes com coronavírus e outros que estejam internados nas unidades hospitalares de nossa região”, informa um trecho do comunicado.
No hospital Seara do Bem, cerca de R$ 600 mil em compras de medicação ainda não foram entregues porque os fornecedores também não conseguem encontrar os produtos no mercado.
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Mesmo assim, a direção do hospital informou que conseguiu abrir todos os dez leitos de UTI Covid na unidade, nesta quarta-feira (07). Na semana passada foram abertos quatro leitos e agora o restante. A manutenção da abertura está acontecendo porque o estado e município estão ajudando no fornecimento de medicamentos. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, desde o ano passado a Secretaria está estocando medicação para ajudar no atendimento aos hospitais. Como atendem todos os munícipios conseguem fazer compras maiores, quando há disponibilidade.
Os gestores de saúde da Serra dizem que ainda não é o suficiente para atender tanta demanda. No hospital Nossa Senhora dos Prazeres, por exemplo, são usados por semana quase sete mil ampolas de remédios para atender os pacientes com Covid-19. Nesta quarta-feira (07), a unidade informou que o medicamento Propofol, utilizado para sedar os pacientes tinha acabado. O estado chegou a mandar mais sedativos, mesmo assim dá só para mais um dia.
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Um comitê de gestores se reúne diariamente para tratar de assuntos relacionados à pandemia e, a dificuldade na aquisição destes medicamentos, está sendo um dos principais problemas. Cenário, que eles acreditam, não deve mudar nos próximos dias. Enquanto isso, todos os 66 leitos de UTI Covid, distribuídos nos hospitais Nossa Senhora dos Prazeres, Tereza Ramos e Seara do Bem continuam todos ocupados e com pacientes em estado grave aguardando pela internação.
Veja o comunicado na íntegra:
