Estados Unidos revogarão vistos de estudantes estrangeiros que não tiverem aulas presenciais na pandemia
Estudantes estrangeiros deverão deixar os Estados Unidos se forem alunos de universidades ou outras instituições educacionais que não oferecerem aulas presenciais no semestre letivo que começa em setembro. Alunos matriculados em programas acadêmicos ou profissionalizantes que oferecerem apenas aulas on-line não poderão ficar no país, sob pena de terem seus vistos revogados e serem expulsos, de acordo com uma decisão anunciada pela Agência de Imigração e Alfândega americana (ICE, na sigla em inglês) nesta segunda-feira.
No semestre passado, por causa da pandemia do novo coronavírus, os alunos estrangeiros puderam prossseguir seus cursos de forma totalmente não presencial, mas essa norma foi modificada para o início do novo ano letivo, que nos EUA ocorre em setembro. Os estudantes atingidos pela nova regra têm a opção de se matricularem em outra escola que atenda os requisitos.
Não ficou claro quantos portadores de visto de estudante serão afetados pela mudança, mas os alunos estrangeiros são uma fonte importante de receita para muitas universidades americanas, pois costumam pagar a mensalidade integral. De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA, estudantes vindos do exterior contribuíram com US$ 45 bilhões para a economia do país em 2018.
De acordo com o Escritório de Assuntos Educacionais e Culturais do Departamento de Estado americano, o Brasil é o nono país que mais envia estudantes aos Estados Unidos, com um total de 16.059 brasileiros matriculados no ano letivo de 2018-2019. No total havia mais de 1,095 milhão de estrangeiros estudando nos EUA naquele período.
A orientação da Agência de Imigração e Alfândega se aplica aos portadores dos vistos F-1 e M-1, destinados a estudantes de carreiras acadêmicas e programas técnicos e profissionalizantes, respectivamente. O Departamento de Estado emitiu 388.839 vistos F e 9.518 M no ano fiscal de 2019, de acordo com os dados da agência.
Fonte:Oglobo