Atletas nos quais o Atlético-MG (com parceiros) investiu em 2020 têm média de 21,5 anos
O torcedor do Atlético-MG viu, nesta década, o clube investir alto em jogadores já consagrados e não tão jovens. O foco era a montagem de um time forte, e o Galo gastou para buscar, entre outros, atletas como Robinho, Fred, Elias, Adilson e Fábio Santos. Na gestão de Sérgio Sette Câmara, o discurso inicial foi de austeridade e corte de gastos. Depois, o mandatário avisou que o foco seria no investimento em jovens, que trariam retorno em campo e, no futuro, reforço para os caixas.
O “case de sucesso” da atual diretoria atleticana nesse sentido foi Emerson. O lateral foi comprado junto à Ponte Preta por aproximadamente R$ 6 milhões e vendido ao Barcelona/Bétis por 12 milhões de euros (mais de R$ 50 milhões na conversão da época). O Atlético ficou com mais de R$ 30 milhões desse valor. Depois disso, o Galo passou a buscar ainda mais a contratação de jovens valores para tentar outros “negócios perfeitos” no futuro.
Emerson rendeu um lucro enorme para o Atlético — Foto: Divulgação (Arquivo Pessoal)
Em 2019 já houve algumas contratações com esse perfil (Igor Rabello e Guga, por exemplo), mas o modelo de negócio se afirmou mesmo em 2020.
Para a atual temporada, o Atlético já fechou 10 contratações em definitivo (Hyoran, emprestado pelo Palmeiras, não entra na conta). Léo Sena, Alan Franco e Marrony – que serão oficializados em breve – já foram contabilizados pela reportagem. Dos 10, dois estavam livres no mercado: Rafael e Diego Tardelli. Os outros oito, todos comprados pelo Galo, têm idade de no máximo 24 anos.
Considerando a idade de cada jogador no momento da contratação, o Atlético comprou, para 2020, Maílton (21 anos), Allan (22 anos), Dylan Borrero (18 anos), Guilherme Arana (22 anos), Savarino (23 anos), Léo Sena (24 anos), Alan Franco (21 anos) e Marrony (21 anos). No caso de Arana, o primeiro contrato foi de empréstimo, mas com compra futura já engatilhada.
Dylan Borrero e Savarino em treino do Atlético-MG — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG
A média de idade dos oito atletas, considerando o momento da compra de cada um, é de 21,5 anos. O número é inferior ao das últimas temporadas (23,2 em 2019 e 22,6 em 2018).
Para quem vai o lucro futuro?
Não há dúvida que os oito nomes (além dos outros jovens do elenco) são ativos importantes do Atlético e podem gerar grandes negociações no futuro. Alguns deles, porém, custaram valores altíssimos, e as contratações tiveram aporte financeiro de patrocinadores do clube. Allan e Guilherme Arana são dois exemplos.
A partir daí, fica a dúvida em relação à divisão dos lucros em uma negociação futura. O Galo ainda não explicou detalhadamente qual será a contrapartida financeira dos patrocinadores nesses investimentos.
Ge